A posição consta de uma resolução aprovada hoje na sessão plenária da assembleia europeia, em Bruxelas, na qual os eurodeputados salientam “a necessidade de um regresso rápido a um espaço Schengen plenamente funcional, sem controlos nas fronteiras internas”, numa alusão ao acordo celebrado entre países europeus para a livre circulação.
No texto, aprovado com 619 votos a favor, 45 contra e 28 abstenções, os eurodeputados vincam que “as regras e a legislação Schengen devem ser respeitadas durante a pandemia de Covid-19, a fim de evitar uma abordagem fragmentada da UE”.
Ao mesmo tempo, dizem acreditar que “as restrições à liberdade de circulação dentro da UE devem continuar a ser uma exceção durante a pandemia”, isto numa altura em que alguns Estados-membros equacionam novos fechos de fronteiras nomeadamente durante o Natal, como aconteceu na primavera, para evitar nova vaga de infeções em janeiro.
Em vez de tais restrições, como a proibição de viagens para certos destinos, os eurodeputados propõem a “substituição por medidas específicas que respeitem os princípios da proporcionalidade e da não discriminação”.
Além disso, os parlamentares argumentam que “a Comissão e os Estados-membros devem intensificar os seus esforços na coordenação de uma resposta comum da UE à pandemia, nomeadamente no que diz respeito às regras de quarentena, rastreio de contactos, estratégias de teste, reconhecimento mútuo de testes, e restrições temporárias a viagens não essenciais para a UE”.
“Os eurodeputados também apelam à compatibilidade entre aplicações de rastreio, e ao acesso a informação fiável, atualizada e multilingue sobre restrições de viagem e medidas de segurança em toda a UE”, refere ainda a nota de imprensa.
Esta resolução tem por base uma petição que chegou ao Parlamento Europeu sobre os impactos das medidas restritivas para conter a Covid-19 no espaço Schengen, pedindo o fim dos encerramentos de fronteiras na UE.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 1.388.590 mortos resultantes de mais de 58,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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