“Desde que foi suspenso o funcionamento das referidas torres de refrigeração verificou-se uma diminuição acentuada do número de casos de doença dos legionários, na referida área geográfica”, refere a ARS/Norte, em comunicado.
Na semana de passada, as autoridades de saúde confirmaram que foi detetada a presença de ‘legionella’ numa das torres de refrigeração do centro de distribuição da empresa de laticínios Longa Vida, em Matosinhos, distrito do Porto.
A empresa revelou, em comunicado, que tinha “desligado preventivamente” o equipamento, a 10 de novembro, mas disse que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu o Norte do país.
Decorridos 14 dias, período de incubação da doença, não ocorreu nenhum novo caso, sublinhou a administração de saúde.
A ARS/Norte acrescentou ainda que os últimos dois casos notificados correspondem a doentes cujo início de sintomas se verificou na primeira quinzena de novembro.
“Tendo em conta que a `legionella´ é uma bactéria ubíqua é expectável que surjam novos casos não associáveis a este cluster”, ressalvou.
O surto de ‘legionella’, que desde 29 de outubro afeta os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, já registou 88 casos, dos quais 10 morreram e 11 estão internados.
O Ministério Público anunciou já a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.
A doença dos legionários, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
LUSA/HN
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