“Estamos a fazer todos um grande esforço para coordenar, de forma a que no mesmo dia, em todos os Estados-membros possamos iniciar o plano de vacinação. A Comissão fez um grande trabalho ao assegurar a compra conjunta”, disse o primeiro-ministro em resposta a questões dos jornalistas à entrada do Eliseu.
O porta-voz do Governo francês avançou esta manhã numa entrevista na televisão BFMTV que a França ia começar a vacinar “antes do fim do ano”, após a aprovação da Agência Europeia do Medicamento e depois da luz verde das autoridades gaulesas.
Sem precisar datas, o primeiro-ministro português indicou apenas que antecipação da aprovação da vacina pelas instâncias europeias para dia 21 de dezembro “é ótima notícia” e que a Comissão fez “um grande trabalho” ao assegurar a compra conjunta das vacinas.
Tendo como principal temática a presidência da União Europeia que Portugal vai assumir já no início do próximo ano, António Costa quis reforçar antes do almoço de trabalho com Emmanuel Macron que a França é “um pilar fundamental” da União Europeia.
“A França é um pilar fundamental da União Europeia e se queremos uma União Europeia forte, precisamos contar com a França a 100% na União Europeia”, disse António Costa.
O primeiro-ministro elencou ainda as prioridades da presidência portuguesa como a resposta à crise económica e social provocada pela Covid-19, o desenvolvimento do pilar social e ainda o reforço das relações entre a Europa e outras partes do Mundo como a Índia e os Estados Unidos.
Do seu lado, o Presidente francês ressalvou o momento em que Portugal está a assumir esta presidência, nomeadamente “um momento em que a Europa dá resposta à crise”.
“Daqui a alguns dias, Portugal vai tomar posse da presidência rotativa do Conselho da União Europeia e esta presidência acontece no momento em que a Europa dá resposta à crise, com uma Europa social e verde”, disse o Presidente.
Emmanuel Macron relembrou ainda que este momento de resposta à crise acontece no contexto “incerto do Brexit” e que tanto a França como Portugal querem que “as coisas se passem da melhor maneira possível”, mas defendendo os interesses europeus.
O almoço de trabalho deve durar cerca de duas horas. O encontro no Palácio do Eliseu é o único ponto na agenda do primeiro-ministro nesta deslocação a França.
LUSA/HN
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