A começar ainda dezembro, o plano de vacinação prevê vacinar apenas 139.000 pessoas, isto porque até ao final de janeiro prevê-se que Portugal receba apenas 62 caixas de vacinas da farmacêutica Pfizer, que correspondem a 312.975 doses (sendo que a vacina completa consiste na administração de duas doses por pessoa). Cinquenta e oito caixas de 4.875 doses estão destinadas a Portuga Continental e duas a cada região autónoma. De parte ficam já metade para assegurar a segunda dose dos primeiros a ser vacinados.

A primeira fase, que engloba 139.000 pessoas entre profissionais de saúde, profissionais e residentes em lares de idosos e pessoas que pertençam a grupos de risco com certas comorbilidades (ainda sujeitas a revisão pelo Ministério da Saúde) vai assim ser dividida em duas categorias

Primeiro serão vacinados parte dos profissionais de saúde na linha da frente, que deverão terminar de receber a primeira dose no final de fevereiro para que recebam a segunda dose entre o início de fevereiro e o final de Março. Seguem-se os residentes e profissionais que trabalhem em lares e a Rede de Cuidados Continuados Integrados, que podem esperar receber a primeira e segunda dose até meados de feveiro

As pessoas com comorbilidades como insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e DPOC ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou onxigenoterapia de longa duração podem esperar receber a primeira dose entre o início de fevereiro e finais de março, e a segunda entre o início de março e uma data a anunciar pela DGS, que depende das entregas feitas pela farmacêutica.

Por fim, e para encerrar a primeira fase de vacinação, está previsto que os restantes profissionais de saúde recebam a primeira dose da vacina da Pfizer entre meados de fevereiro e o final de março, sendo que a segunda dose deve começar a ser administrada no início de março sem previsão de final.

As normas de administração da vacina da Pfizer devem, segundo a task-force, ser divulgadas aos profissionais de saúde durante esta sexta-feira, 18 de dezembro. A vacinação é também voluntária.

Quanto às segundas e terceiras fases, a task-force não adianta um calendário de vacinação e afirma que o mesmo depende da capacidade de entrega das farmacêuticas e do número de vacinas aprovadas. De relembrar que, à data desta quinta-feira, as entidades responsáveis europeias não autorizaram ainda qualquer vacina, nem a da farmacêutica Pfizer, embora essa aprovação seja esperada ainda antes do Natal.

Na conferência de imprensa estiveram presentes Francisco Ramos, coordenador da task-force, o Dr. Valdir Fonseca da DGS, Rui Faria Vaz do Infarmed, Luís Vaz Pinheiro presidente do SPMS e o almirante Henrique Gouveia e Melo do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

JM/HN