“Acho que no futuro, se São Tomé e Príncipe formular esse tipo de pedido de ajuda, a parte chinesa vai considerar positivamente”, referiu a diplomata, em declarações a jornalistas.
Os dois países têm relações de cooperação a vários níveis, designadamente nas áreas da agricultura, saúde, educação e infraestruturas, mas não inclui ajuda alimentar, um acordo que existe por exemplo com o Japão, que anualmente fornece arroz ao país no valor de mais de três milhões de euros.
A diplomata da China popular encontrou-se com o secretário de Estado do Comércio e Indústria são-tomense, Eugénio Graça, para discutir a cooperação comercial entre os dois Estados.
“Trocámos opiniões sobre a área do comércio porque os dois governos coincidem na opinião de que o comércio é uma área de cooperação muito importante”, referiu Xu Yingzhen.
A China quer incentivar um novo modelo de cooperação comercial com o arquipélago e avançou ao executivo são-tomense como introduzir no mercado chinês os produtos de São Tomé e Príncipe.
“Chegámos a acordo de que São Tomé e Príncipe vai aproveitar bem a Feira Internacional de Importação de Xangai e o Fórum Macau para fazer com que os seus produtos possam ter acesso ao mercado chinês”, explicou a diplomata, no final do encontro com o governante.
As duas partes analisaram também o estado da cooperação a nível da Educação.
São Tomé e Príncipe tem dezenas de estudantes em formação na China, mas a pandemia de covid-19 obrigou à suspensão do envio de mais estudantes para formação.
“Consideramos a educação uma área muito importante no futuro da cooperação entre os dois países e pensamos que no próximo ano, quando for controlada a situação da pandemia, podemos retomar essa cooperação” sublinhou a diplomata.
A nova embaixadora da China Popular foi acreditada em 09 deste mês pelo presidente Evaristo Carvalho, substituindo no cargo Wang Wei que exerceu estas funções durante cerca de quatro anos.
LUSA/HN
0 Comments