Boris Johnson “falou com o primeiro-ministro (indiano) Modi esta manhã para expressar o seu pesar por não poder viajar para a Índia como planeado, no final deste mês”, disse um porta-voz do Governo britânico num comunicado, alegando a situação de confinamento que se vive no Reino Unido e a velocidade com que a nova variante do novo coronavírus se está a espalhar.
O primeiro-ministro britânico tinha aceitado um convite do seu homólogo indiano, Narendra Modi, para assistir às celebrações do Dia da República, a 26 de janeiro em Nova Deli, honra dada apenas a outro líder britânico, John Major, em 1993, desde a independência em 1947 da Índia, antiga colónia britânica.
Mas os planos foram alterados, por causa da escalada da propagação do novo coronavírus no Reino Unido, que levou o primeiro-ministro a decretar um novo confinamento a partir de hoje, exigindo também a sua presença em Downing Street, para acompanhar de perto a evolução da crise sanitária.
“Dado o confinamento e a velocidade com que a nova variante do novo coronavírus se está a espalhar, o primeiro-ministro sentiu que era importante permanecer no Reino Unido, para se concentrar na resposta a dar ao vírus”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado.
A deslocação do chefe do governo britânico coincidiria com o início de uma visita do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, à Índia, para discutir matérias de política externa, comercial e segurança, nomeadamente a situação no Afeganistão, a evolução da região Indo-Pacífico e os desenvolvimentos no Médio Oriente.
Downing Street diz agora que Boris Johnson “espera poder viajar para a Índia durante o primeiro semestre de 2021 (…), antes da cimeira do G7”.
Em retribuição a esta visita agora adiada, Boris Johnson convidou a Índia para participar da cimeira do G7 como um dos três países convidados, ao lado da Coreia do Sul e da Austrália.
Com mais de 75 mil mortos, o Reino Unido é um dos países europeus mais afetados pela pandemia de Covid-19.
LUSA/HN
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