Marcelo gostava de ser vacinado mas não quer “passar à frente” e entende que há grupos mais prioritários

15 de Janeiro 2021

O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta sexta-feira que gostava de ser vacinado, mas não quer "passar à frente" e, embora remetendo os critérios para as autoridades sanitárias, entende que há grupos mais prioritários.

No final de uma visita a uma mercearia social em Lisboa, inserida na campanha para as eleições presidenciais de 24 de janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas se gostaria de ser vacinado: “Isso gostar, gostava, mas não vou passar à frente de não sei quantos portugueses, só por ser Presidente da República”.

“Quando for entendido por quem define os critérios, que são as autoridades sanitárias, entra o Presidente da República – não é o Presidente da República que se põe em bicos dos pés”, acrescentou.

Interrogado se os mais altos responsáveis do Estado deveriam estar num grupo prioritário, afirmou: “Não me cabe a mim substituir-me às autoridades sanitárias, mas acho que há prioridades mais prioritárias do que essa, com o devido respeito. Acho que quem está ali na frente da batalha, o pessoal de saúde, é mais prioritário, que quem está a cuidar de idosos em lares é mais prioritário, que quem está em serviços essenciais de manhã, à tarde, à noite é mais prioritário”.

“Aqueles que são mais idosos e com patologias mais graves, cardiovasculares, renais, respiratórias, são mais prioritários. E o Presidente da República, o presidente da Assembleia e o primeiro-ministro esperam. É assim, a democracia é assim”, completou.

Quanto à possibilidade de o chefe de Estado vir a ser incluído no grupo dos serviços essenciais, como admitiu o primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que isso poderá vir a acontecer: “Sim, quando chegar essa ocasião, veremos. Quem define não é o Presidente da República e portanto eu espero para ver como é que é definido esse critério”.

Relativamente à eventual vacinação dos candidatos presidenciais, referiu que “já foi explicado que não adiantava nada terem sido vacinados no final de dezembro, porque a segunda toma já era depois das eleições”.

Hoje entrou em vigor o decreto do Governo que regulamenta o estado de emergência até 30 de janeiro, impondo um dever geral de recolhimento domiciliário e a suspensão de um conjunto de atividades, para conter a propagação da Covid-19.

Em Portugal, já morreram mais de 8.500 doentes com Covid-19 e foram contabilizados mais de 520 mil casos de infeção com o novo coronavírus, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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