De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, com 1.050 mortos no último dia, o número de mortes causadas pela covid-19 atingiu 209.296, quando o país enfrenta uma segunda vaga da pandemia e numa semana em que o sistema de saúde pública em Manaus, a maior cidade da Amazónia brasileira, entrou em colapso.
Desde sábado passado, 09 de janeiro, foram registadas mais de 6.600 mortes no gigante sul-americano, e desde terça-feira, mais de mil morreram diariamente.
O número de pessoas infetadas por SARS-CoV-2 também disparou, e este sábado foi o quinto dia consecutivo com mais de 60.000 infeções no país. No total, há agora 8.455.059 casos confirmados.
Os números confirmam o Brasil como um dos principais epicentros da pandemia no mundo, onde é o segundo país com o maior número de mortes, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com as pessoas mais infetadas, depois dos EUA e da Índia.
Segundo o relatório oficial, nesta nação de mais de 210 milhões de habitantes, cerca de 7,3 milhões de pacientes recuperaram, o que representa 87,4% do número total de pessoas infetadas.
Por outro lado, mais de 850.000 pessoas estão a receber acompanhamento médico nos hospitais ou nas suas casas após o teste positivo.
O Brasil tem uma taxa de mortalidade de 99,1 mortes e uma incidência de 3.994 pessoas infetadas por 100.000 habitantes.
Segundo dados do Ministério, 13 estados registaram uma subida do número de mortes no sábado, incluindo o Amazonas, que se encontra no pico mais alto da pandemia, com a capital, Manaus, num estado de colapso, com hospitais sobrelotados e sem oxigénio para tratar os doentes.
Na cidade, o número de mortes em casas aumentou, devido à falta de assistência especializada, e muitos ficaram horas em filas de espera para obter uma botija de oxigénio para cuidar de familiares doentes.
Vários estados do país enviaram oxigénio para o Amazonas, com o apoio do governo nacional, para ajudar a lidar com a escassez, e mesmo a vizinha Venezuela relatou que um camião com tanques de oxigénio já tinha partido para o Brasil.
Esta é a segunda crise que o Amazonas enfrenta durante a pandemia, após a de março de 2020.
Outra região à beira do colapso provocado pelo vírus é Mato Grosso, na região centro-oeste do país, onde os hospitais estão praticamente cheios e as infeções não desceram abaixo de mil por dia na última semana.
LUSA/HN
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