O surto foi detetado, há cerca de uma semana, na Residência de Idosos Terceiro Éden, depois de uma funcionária ter apresentado sintomas, indicou à agência Lusa o autarca de Redondo, António Recto.
Segundo o autarca, que indicou que há também funcionários infetados, mas não soube precisar quantos, há uma semana, nos primeiros testes para o SARS-CoV-2 na instituição, foram detetados 11 utentes com o coronavírus e, depois, mais nove.
Uma utente deste lar infetada com o vírus da covid-19 morreu na semana passada, adiantou, referindo que os restantes residentes infetados encontram-se “estáveis”.
António Recto assinalou que a Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP), instalada no Pavilhão de Exposições, com 36 camas, e mais dois espaços do município estavam preparados para receber os utentes que tinham testes com resultado negativo.
Contudo, argumentou, a proprietária do lar recusou sempre a transferência dos utentes com teste negativo por não ter funcionários para os acompanharem e entendeu “fazer a divisão no próprio lar”.
O autarca garantiu que foi ele próprio quem comunicou à diretora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central a pedir assistência médica para os utentes e solicitou à Segurança Social a colocação de uma brigada no lar.
“Existe uma enorme dificuldade em articular com as autoridades com competências nesta matéria, sobretudo com a Saúde Pública”, criticou, considerando também que existiu “dificuldades de gestão” por parte da proprietária do lar.
A Lusa tentou contactar a proprietária da instituição, mas não obteve resposta por telefone ou correio eletrónico.
Mas, em declarações ao Jornal de Notícias (JN), a responsável alegou que o delegado de saúde lhe disse que “todos os utentes que estavam negativos seriam retirados do lar”, frisando que “como a câmara não tinha espaço, nem camas, não retiraram nenhum”.
“Por isso é que, quando vieram repetir os testes, os outros já estavam infetados”, lamentou.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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