Estudo indica que reduzir poluição do ar pode evitar mais de 50 mil mortes anuais

20 de Janeiro 2021

Reduzir a poluição do ar para os níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) poderia evitar mais de 50 mil mortes por ano, segundo um estudo publicado esta quarta-feira, que recomenda uma ação rápida.

A OMS estima que a poluição do ar mata mais de sete milhões de pessoas por ano, no mundo, provoca doenças e causa absentismo laboral.

O patamar recomendado pela OMS para as partículas finas PM2,5 é de 10 microgramas por metro cúbico (m3) em média anual e para o dióxido de azoto (NO2) de 40 microgramas/m3 em média anual.

A nocividade das partículas finas para a saúde está demonstrada, designadamente em meio urbano e concretamente em mortalidade e doenças cardiovasculares e respiratórias e perturbações de gravidez e de desenvolvimento do feto.

O estudo, publicado na revista Lancet Planetary Health calculou as mortes prematuras ligadas a estes dois poluentes em mil cidades europeias.

Respeitar as recomendações da OMS permitiria evitar 51.213 mortes prematuras por ano, segundo os investigadores.

Este estudo “mostra que numerosas cidades não fazem o suficiente para atacarem a poluição do ar”, disse Mark Nieuwenhuijsen, do Instituto para a Saúde Global (ISGlobal), de Barcelona.

O número de mortes ligadas à poluição do ar varia segundo as cidades, com as mais afetadas localizadas na planície do Pô, em Itália, na Polónia e na República Checa.

Ao contrário, as cidades com menos exposição a estes poluentes são a capital islandesa Reykjavik, Tromsø, na Noruega, Umea em Suécia e Oulu, na Finlâdia.

Em média, 84% da população das cidades está exposta a níveis superiores aos recomendados pela OMS para os PM2,5 e nove por cento para o NO2.

Para Sasha Khomenko, co-autor do estudo, é importante tomar medidas adaptadas às condições locais, dadas as variações nos níveis de poluição. As mudanças a fazer respeitam ao tráfico rodoviário, à indústria, aos aeroportos, aos portos, bem como ao aquecimento com madeira e carvão.

LUSA/HN

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