Em comunicado divulgado pela farmacêutica, o vice-presidente executivo, Mene Pangalos, afirma que os novos dados “voltam a confirmar que a vacina (AstraZeneca) previne casos graves (do novo coronavírus) e mantém as pessoas fora do hospital”.
A conclusão consta de um estudo preliminar publicado pela Universidade de Oxford, que colaborou no desenvolvimento da vacina, elaborado a partir de dados da fase final de ensaios clínicos do imunizante.
O estudo indica não se terem registado casos graves ou de hospitalização de pacientes, 22 dias depois de administrada a primeira dose da vacina.
Andrew Pollard, investigador principal da equipa de Oxford para desenvolvimento de vacinas, afirma que os novos dados confirmam os iniciais, que permitiram a aprovação da vacina pelos reguladores, e que “sustentam” a decisão do Governo britânico de atrasar a administração da segunda dose da vacina para até 12 semanas depois de primeira.
A política destinou-se a maximizar a quantidade de pessoas com alguma proteção, pelo menor espaço de tempo possível até que a primeira dose mantenha a sua eficácia.
Hoje, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que mais de 10 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose de uma das várias vacinas contra a covid-19, e que quase meio milhão de pessoas já receberam ambas as injeções no Reino Unido.
Os mais recentes ensaios clínicos indicam que a vacina AstraZeneca tem uma eficácia de 76% depois da primeira dose e de 82% depois de a segunda dose, se esta for injetada num intervalo de pelo menos 12 semanas.
A vacina da AstraZeneca já foi autorizada em numerosos países, incluindo da União Europeia.
A agência do medicamento da Suíça, Swissmedic, que emite as autorizações de comercialização dos remédios, considerou hoje serem necessários mais estudos antes de se autorizar a vacina da AstraZeneca no país.
A agência suíça adiantou que a sua comissão consultiva de especialistas externos considerou numa reunião extraordinária, realizada na terça-feira, “que os dados disponíveis não permitem ainda concluir que existe uma relação de benefício-risco positiva” no caso daquela vacina.
A Swissmedic quer mais dados sobre a eficácia de um estudo de fase III que está a ser realizado na América do Norte e do Sul.
A agência já autorizou as vacinas anti-covid da Pfizer-BioNtech e da Moderna. A campanha de imunização na Suíça começou no final de dezembro.
Por outro lado, a Confederação suíça indicou hoje ter assinado um contrato com a farmacêutica alemã Curevac e o Governo sueco para a entrega de cinco milhões de doses de vacina. Também fechou um contrato preliminar de seis milhões de doses com a norte-americana Novavax.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2,2 milhões de mortos resultantes de mais de 103,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.
LUSA/HN
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