“Temos uma nova vacina no horizonte, da firma Sinovac, que se chama Coronavac”, anunciou o subsecretário da Saúde e estratega do Governo mexicano para combater a pandemia, Hugo López-Gatell, precisando que o pedido já foi apresentado na Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris).
No mesmo dia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, anunciou que a também chinesa CanSino vai pedir autorização para uso de emergência da vacina produzida pela empresa.
A vacina, que requer uma única dose e “será embalada [no estado mexicano de] Querétaro”, já foi “aplicada com êxito em 14.425 voluntários no México desde outubro de 2020”, escreveu o governante nas redes sociais, sem no entanto divulgar os resultados dos ensaios clínicos.
O México foi um dos primeiros países do mundo a iniciar a campanha de vacinação, logo em 24 de dezembro, mas o atraso na entrega de vacinas está a preocupar o Governo.
O país recebeu apenas cerca de 760 mil doses da vacina da Pfizer, que não chegam para vacinar todo o pessoal de saúde.
Para imunizar a população, de 130 milhões de habitantes, o país conta com acordos para 34,4 milhões de doses da vacina da Pfizer, 77,4 milhões da britânica AstraZeneca, 35 milhões da CanSino e 51,5 milhões da plataforma Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na terça-feira, a Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) aprovou também o uso de emergência da vacina russa Sputnik V, tendo o Ministério da Saúde mexicano assinado igualmente o contrato para o fornecimento de 24 milhões de doses.
O México registou 1.368 mortes provocadas pelo novo coronavírus e 13.051 infeções nas últimas 24 horas, segundo as autoridades mexicanas.
Desde o início da pandemia, o país contabilizou 164.290 óbitos e 1.912.871 casos confirmados de covid-19.
Na semana passada, o país registou vários recordes, quer em número de óbitos (1.803), quer em casos confirmados num só dia (22.339), depois de em janeiro ter somado o maior número de vítimas fatais desde o início da pandemia (32.729).
A cidade do México, epicentro da pandemia no país, continua em alerta máximo, com 80% das camas nos hospitais ocupadas.
Com a agravamento da situação, o México passou esta semana a ser o terceiro país no mundo com mais mortes por covid-19, depois dos Estados Unidos e Brasil, ultrapassando a Índia.
O país é o 13.º em número de infetados, de acordo com a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa/hn
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