Numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana NBC News, o assessor médico do Presidente norte-americano Joe Biden reconheceu, no entanto, que atualmente “a procura de vacinas claramente supera o abastecimento”.
“Temos de nos orientar com os dados científicos que acumulámos, e é um conhecimento muito sólido. Sabemos que com cada uma das doses, as pessoas podem ser vacinadas num espaço de 21 ou 28 dias”, apontou, defendendo que aquele calendário deve ser mantido.
Embora admita que existe uma “clara discrepância entre a procura e a oferta”, Anthony Fauci estima que essa falha deverá “ser melhorada ao longo de fevereiro e março”.
Os Estados Unidos são o país do mundo mais afetado pela pandemia, com quase 27 milhões de casos, e mais de 462 mil mortos, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.
Perante o lento desenrolar da campanha de vacinação, alguns países, como o Reino Unido, decidiram atrasar a administração da segunda dose da vacina para até 12 semanas, justificando que “a primeira dose dá uma grande parte da proteção” contra o vírus, enquanto a seguinte serve para “completar e estender” a imunidade, segundo o conselheiro médico do país, Chris Whitty.
A Organização Mundial de Saúde tem alertado que não há provas definitivas, mas aceita atrasar a segunda dose até às seis semanas em circunstâncias excecionais, um atraso máximo semelhante ao aconselhado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, em inglês).
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.310.234 mortos no mundo, resultantes de mais de 105,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.158 pessoas dos 765.414 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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