Um estudo hoje divulgado revela que a migração e a mobilidade intracomunitária desempenham um papel importante, já que uma maior mobilidade poderá ajudar a UE a satisfazer a procura de trabalhadores sanitários e de cuidados de longa duração, apesar de destacar que grande parte da procura está a ser coberta a nível nacional.
Em 2018, havia quase dois milhões de trabalhadores sanitários e de cuidados continuados na UE que trabalhavam num país diferente do país de nascimento, destacou a Comissão em comunicado.
No entanto, apesar de o número destes trabalhadores nascidos no estrangeiro ter crescido nos últimos anos, é significativamente menor do que em outros países, como o Reino Unido ou os Estados Unidos.
Estes trabalhadores também não estão repartidos de forma homogénea, destaca a Comissão Europeia (CE) no comunicado, já que mais de dois terços estão empregados em apenas cinco países da UE: Alemanha, Itália, Suécia, França e Espanha.
A informação recolhida identifica obstáculos que, se forem ultrapassados poderiam ajudar a fomentar a mobilidade e a “libertar o potencial da migração de terceiros países para aliviar a pressão da escassez de mão de obra” no setor.
Entre os obstáculos está a inexistência de “canais de migração específicos” na UE para atrair trabalhadores estrangeiros de saúde e de cuidados continuados.
O estudo destaca também a escassez de associações internacionais para a contratação de pessoal sanitário e de cuidados de longa duração.
“A Europa é um continente que envelhece”, sublinhou a vicepresidente da CE para a Democracia e a Demografia, Dubravka Suica, no comunicado, acrescentando que o repto comum da UE será “garantir cuidados de longa duração acessíveis, exequíveis e de qualidade”, assim como uma mão de obra adequada.
A comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, defendeu na nota que esta informação é “uma contribuição oportuna no momento em que a Europa enfrenta um dos principais desafios de uma sociedade que envelhece”.
LUSA/HN
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