Autoridades de saúde italianas suspende uso de vacinas da AstraZeneca por “precaução”

15 de Março 2021

A Itália suspendeu esta segunda-feira o uso da vacina contra o novo coronavírus da AstraZeneca, alegando razões de "precaução", após relatos de coágulos sanguíneos perigosos na Europa relacionados com este fármaco.

A decisão foi tomada depois de a Agência Italiana de Medicamentos (AIFA) ter recomendado a suspensão do uso de doses de um lote específico dessa vacina, na semana passada, após a morte de um militar e de um polícia na Sicília, em casos que a justiça está a investigar.

No domingo, as autoridades de Biella, no Piedmonte, disseram estar a investigar a morte de uma professora de música, de 57 anos, que também foi vacinada com uma dose da AstraZeneca.

Depois dos primeiros relatos de casos, a AIFA explicou, num comunicado, que por causa de informações sobre problemas de saúde detetados em outros países europeus, decidira bloquear a inoculação das doses do lote ABV2856.

Agora, a mesma agência confirmou que as autoridades italianas de saúde vão estender as medidas de suspensão a todos os lotes da vacina da AstraZeneca, até que sejam clarificados os potenciais riscos deste fármaco.

Também a Alemanha, Noruega, Áustria, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca já interromperam o uso da vacina da AstraZeneca, após relatos de casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas com doses da AstraZeneca.

A AstraZeneca já disse que não há motivo para preocupação com a sua vacina e que houve menos casos de trombose relatados nas pessoas que receberam a injeção do que na população em geral.

Em igual sentido, a Agência Europeia de Medicamentos e a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmaram que os dados disponíveis não sugerem que a vacina da AstraZeneca tenha causado os coágulos e que as pessoas podem continuar a ser imunizadas com esse fármaco.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.654.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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