O “Programa de Rastreios laboratoriais para a SARS-CoV-2 nas creches e estabelecimentos de educação e ensino”, divulgado na semana passada, prevê que o reinício das atividades escolares presenciais implica a realização de um teste rápido de antigénio a docentes e não docentes de todos os níveis de ensino.
Nos primeiros a desconfinar – creches, pré-escolar e 1.º ciclo – o programa arranca hoje, um dia depois da reabertura, e a testagem dos mais de 50 mil trabalhadores das escolas públicas e estabelecimentos privados deverá estar concluída até sexta-feira.
É esse o plano da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) que na informação entregue às escolas durante o fim-de-semana, a que a Lusa teve acesso, estabelece o calendário dos rastreios, conforme o plano de regresso faseado às atividades presenciais.
Assim, a partir de hoje e até sexta-feira é a vez dos trabalhadores dos estabelecimentos que voltaram a abrir portas na segunda-feira, das creches ao 1.º ciclo.
Nos restantes níveis de ensino, os rastreios começam no primeiro dia do regresso, ou seja, de 05 a 09 de abril para o 2.º e 3.º ciclo, e de 19 a 23 no secundário, em que, além dos professores e funcionários, também serão testados os alunos.
Depois do primeiro teste, o calendário da DGEstE prevê que o rastreio se repita duas semanas depois, apenas nos concelhos com um nível de incidência de casos positivos acima de 120/100 mil habitantes.
Os seguintes rastreios serão realizados “com uma periodicidade inicial de 28/28 dias, ajustada para um intervalo entre 7/7 a 14/14 dias em função do número de casos identificados nos testes realizados”, conforme estipulado na orientação conjunta original da Direção-Geral da Saúde (DGS), DGEstE e Instituto de Segurança Social (ISS).
Os rastreios vão decorrer nos próprios estabelecimentos de ensino, mas a DGEstE pede que, sempre que possível, se concentrem apenas na escola sede do agrupamento, onde poderão ser também testados os funcionários das creches mais próximas.
A operacionalização cabe às próprias escolas que, em coordenação com o laboratório que os for realizar, devem preparar os espaços, definir os grupos de pessoas e horários de forma a garantir “o normal funcionamento da Escola, evitando ajuntamentos e acautelando, ainda, que as atividades educativas/letivas ficam asseguradas para as crianças/alunos”.
Esta não é a primeira vez que se realizam rastreios nas escolas, sendo que ainda antes do encerramento dos estabelecimentos de ensino, no final de janeiro, alguns profissionais e alunos do secundário já tinham sido testados.
O processo continuou depois nas escolas de referência que se mantiveram abertas para receber alunos em situações particulares e, segundo o ministro da Educação, desde que arrancou, já foram realizados cerca de 65 mil testes de diagnóstico à Covid-19.
“Como é sabido nós temos vindo a testar as nossas comunidades educativas desde o dia 20 de janeiro. Já levamos 65 mil testes feitos, com grau de positividade muito baixo, entre 0,1 e 0,2 por cento”, disse Tiago Brandão Rodrigues, admitindo, no entanto, que a nova fase será “muito mais exigente”.
Lusa/HN
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