Peter Daszak, membro da equipa da OMS, disse aos jornalistas que esta visita foi “muito informativa”.
Daszak acrescentou na rede social Twitter que a equipa se reuniu com os colegas chineses encarregados da saúde do gado na província de Hubei, visitou laboratórios e teve uma discussão “aprofundada”, com uma sessão de perguntas e respostas.
Não foram divulgados mais detalhes sobre a visita.
Os investigadores da OMS usaram fatos de proteção durante a visita de hoje.
Fora do hotel e em espaços públicos, os especialistas usaram sempre máscara e trajes profissionais ou de negócios, mas não é claro se usaram trajes de proteção de corpo inteiro nos institutos de pesquisa, hospitais e mercados que visitaram anteriormente.
Negociações intensas precederam a visita da OMS a Wuhan, uma vez que a China controla rigidamente informações sobre o vírus.
O Governo chinês promoveu teorias, com poucas evidências, de que o surto pode ter começado com a importação de frutos do mar congelados contaminados com o vírus, uma ideia totalmente rejeitada por cientistas e agências internacionais.
Mas, na segunda-feira, funcionários da OMS em Genebra negaram as sugestões de que a equipa de especialistas não está a obter o acesso desejado ou dados suficientes.
A líder técnica da OMS para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, disse que a equipa planeia ainda visitar o Instituto de Virologia de Wuhan.
Michael Ryan, chefe de emergências da OMS, disse que a agência continua a pedir mais dados, e que qualquer pessoa com informações sobre como a pandemia começou deve compartilhá-los com a organização.
Os dados que a equipa da OMS recolher em Wuhan serão o ponto de partida para o que se espera ser um trabalho de investigação que pode demorar anos.
Determinar a origem de um surto requer uma grande quantidade de pesquisas, incluindo amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos.
A China restringiu amplamente a transmissão doméstica por meio de testes rigorosos e rastreio das cadeias de transmissão. O uso de máscaras em público é cumprido com rigor quase absoluto e bloqueios imediatos são impostos sempre que são detetados casos num determinado distrito ou cidade.
A China detetou 12 casos por contágio local na segunda-feira, a maioria na província de Heilongjiang, perto da Sibéria, onde o inverno é rigoroso.
As viagens foram drasticamente reduzidas durante o feriado do Ano Novo Lunar deste mês, com o Governo a oferecer incentivos para que os trabalhadores não regressem às respetivas terras natais durante a festa mais importante para as famílias chinesas.
LUSA/HN
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