Segundo um despacho da ministra da Saúde esta sexta-feira publicado em Diário da República, este grupo de trabalho ajudará o Governo na necessidade de conseguir uma mudança de comportamentos individuais e coletivos, para a qual é “indispensável o contributo de estratégias sustentadas em evidência científica da área das ciências comportamentais”.
Estas estratégias, justifica o documento, deverão ser “desenhadas e comunicadas tendo em conta as dificuldades e obstáculos que se colocam à adesão da população em geral e de grupos específicos”.
Do grupo fazem parte especialistas da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa (UL), do CSG – Investigação em Ciências Sociais e Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão da UL, da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica e do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UL.
Tem ainda um investigador do Trinity Centre for Practice and Healthcare Innovation, um especialista dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e outro da Direção-Geral da Saúde.
Esta ‘task force’ será responsável, segundo o despacho hoje publicado, pela recolha, síntese e produção de evidência científica na área das ciências comportamentais aplicadas a contextos de pandemia, pela prestação de apoio direto à tomada de decisão e formulação de recomendações, sobretudo quanto à concretização, testagem e avaliação de estratégias para ajudar a uma mudança sustentada de comportamentos na população.
Deve ainda formular recomendações para criação de um contexto social “facilitador da comunicação e ação comportamental”, visando um maior envolvimento dos cidadãos para atingir os objetivos que vão sendo definidos no combate à pandemia.
O grupo de trabalho ficará igualmente responsável por fazer recomendação ao Governo “para uma eficaz comunicação de crise e comunicação de riscos de contágio por SARS-CoV-2”, assim como por ajudar a definir as intervenções necessárias para atingir a mudança comportamental da população no sentido da prevenção dos riscos de contágio.
O despacho diz também que este grupo de trabalho, cujo mandato termina no final deste ano, pode promover audição de organismos relevantes, como associações públicas profissionais e, sempre que entender necessário, solicitar o apoio de outros peritos ou de outras instituições.
A ‘task force’ deve produzir documentos que reflitam a evidência científica na área das ciências comportamentais aplicadas a contextos pandémicos, os modelos de comunicação adequados às tomadas de decisão neste contexto e propostas de iniciativas normativas consideradas necessárias e adequadas.
Este grupo de trabalho deverá depois elaborar um relatório das suas atividades, no máximo até final de janeiro de 2022.
LUSA/HN
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