PSD diz que “Portugal não merece nem pode ser submetido” a novo confinamento

25 de Março 2021

O PSD defendeu esta quinta-feira que o processo de abertura de atividades não pode ser “nem apressado nem negligente”, avisando que o país “não merece nem pode” ser submetido a novo confinamento por “incúria e irresponsabilidade do Governo”.

Na intervenção no debate sobre a renovação do estado de emergência, a deputada e vice-presidente do PSD Isaura Morais fez, tal como na quarta-feira o líder Rui Rio, um “apelo aos portugueses para que cumpram com as regras que lhes são impostas”.

“Por mais difícil que a situação social e económica do país se apresente, os portugueses devem ter consciência de que só pelo sacrifício de todos poderemos vencer a luta contra a pandemia e ganhar de novo as nossas vidas e o nosso futuro”, defendeu.

No entanto, a deputada sublinhou que “o Governo tem uma responsabilidade tremenda”, alertando o executivo para os perigos do “excesso de confiança” ou de “decisões apressadas”.

“O processo de abertura de atividades que agora se inicia não pode ser apressado nem negligente. Que fique claro que, no entender do PSD, Portugal não merece nem pode ser submetido a novo confinamento, outra vez provocado pela incúria e irresponsabilidade do Governo”, afirmou.

Na sua intervenção, a deputada do PSD chamou ainda a atenção para o “excesso de mortalidade” não covid e os enormes tempos de espera para consultas e cirurgias.

“O Governo deve, pois, dar urgente resposta a este problema de falta de acesso à saúde, estabelecendo objetivos concretos de recuperação de listas e tempos de espera para consultas, cirurgias e exames”, defendeu.

A deputada assegurou ainda que enquanto os pressupostos da manutenção do estado de emergência se verificaram, o PSD “não deixará de votar favoravelmente este pedido”, considerando que “qualquer outra posição contrariaria a defesa do interesse nacional”.

LUSA/HN

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