Em declarações à Lusa, João Porfírio Oliveira sublinhou que, no total, o Hospital de Braga espera realizar, este ano, 35 mil cirurgias, o que representa um acréscimo de 6.300 em relação a 2020.
“É uma meta muito ambiciosa, mas estou seguro de que vamos conseguir, sempre tendo presente o objetivo de não haver qualquer doentes há mais de 12 meses à espera de uma cirurgia”, referiu.
Segundo João Porfírio Oliveira, as especialidades mais críticas são a ortopedia e a otorrinolaringologia.
O Hospital de Braga contratualizou, para este ano, a realização de cirurgias em nove entidades externas, designadamente seis Misericórdias (Vila Verde, Riba de Ave, Felgueiras, Fafe, Fão e Póvoa de Lanhoso) e três casas de saúde e hospitais particulares.
Estas entidades apenas cedem os blocos operatórios, já que as equipas cirúrgicas são as mesmas que acompanham os doentes no Hospital de Braga.
“O Hospital de Braga só tem 12 salas de bloco operatório, o que representa uma limitação física muito grande. Com a contratualização no exterior, ganhamos nove novas salas operatórias, o que nos dá outra margem para combater as listas de espera”, disse João Oliveira.
Sublinhou que “mais de 90%” dos doentes aceitam a realização da cirurgia fora do hospital, sobretudo pelo facto de a equipa médica ser a mesma que os acompanhou e pela consequente “relação de confiança”.
“Esta é a grande diferença em relação ao cheque-cirúrgico, que muitos doentes rejeitam porque não sabem quem os vai operar”, referiu.
Este ano, e até 11 de março, já tinham sido feitas 1.168 cirurgias no exterior.
O Hospital de Braga equaciona ainda contratualizar cirurgias com mais “duas ou três” entidades externas, sobretudo nas especialidades de ortopedia, otorrinolaringologia e urologia.
Neste momento, o hospital tem cerca de 16 mil doentes em lista de espera para cirurgia, mas, como sublinhou João Oliveira, esta é uma lista “que roda várias vezes ao longo do ano”, sofrendo constantes atualizações.
LUSA/HN
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