Na última terça-feira, o Brasil ultrapassou, pela primeira vez, as três mil vítimas mortais (3.251), marca que foi hoje superada, 13 meses após o primeiro caso do novo coronavírus ter sido registado em solo brasileiro.
O Brasil, que atravessa o seu momento mais critico da pandemia, foi hoje, tal como tem ocorrido nas últimas semanas, o país que mais vítimas mortais somou nas últimas 24 horas em todo o mundo, bem acima dos Estados Unidos.
Em relação ao número de infetados, o total subiu hoje para 12.404.414, após as autoridades de saúde terem contabilizado 84.245 diagnósticos positivos, de acordo com o último boletim epidemiológico da pasta da Saúde.
Contudo, os números totais podem ser ainda superiores, uma vez que o Estado do Ceará não inseriu os seus dados devido a problemas técnicos.
A taxa de incidência da doença no país é agora de 146 mortes e 5.903 casos por 100 mil habitantes, numa nação com uma população estimada em 212 milhões de habitantes.
São Paulo, foco da pandemia no Brasil, registou esta sexta-feira um novo recorde de mortes, chegando às 1.193 vítimas mortais em apenas 24 horas, além de 21.489 novos casos.
Há três dias, aquela que é a unidade federativa mais rica e populosa do país, havia ultrapassado, pela primeira vez, os mil óbitos num só dia (1.021). No total, São Paulo concentra 2.392.374 infeções e 70.696 mortos devido à Covid-19.
Para tentar travar a disseminação do vírus, a prefeitura de São Paulo e o Estado do Rio de Janeiro iniciaram ontem um período de feriados antecipados, que durará dez dias, e que tem como objetivo diminuir a circulação de pessoas.
Em ambos os casos, o período de feriados antecipados será acompanhado de medidas restritivas, como recolher obrigatório e encerramento do comércio.
No momento em que o Brasil enfrenta um colapso hospitalar devido ao agravamento da pandemia, foram ontem anunciadas novas vacinas de produção nacional no país sul-americano.
O Governo brasileiro anunciou hoje que três potenciais vacinas locais contra a Covid-19 avançaram “na fase de pré-testes” e, uma delas, entrou com um pedido de autorização no órgão regulador para testagem em voluntários.
O anúncio feito pelo Governo Federal, presidido por Jair Bolsonaro, surge apenas algumas horas após o executivo de São Paulo, governado por João Doria, rival político do chefe de Estado, ter anunciado a Butanvac, uma vacina própria, desenvolvida localmente pelo Instituto Butantan.
Contudo, todos os imunizantes anunciados demorarão vários meses até estarem disponíveis.
Ao comentar o processo de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, que segue a um ritmo lento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu esta sexta-feira aos brasileiros se unam numa “pátria de máscaras” para diminuir a circulação do vírus.
O ministro declarou ainda que as máscaras têm um “poder de bloquear” o vírus “tão grande quanto a campanha de vacinação”, num momento em que parte da população não tem cumprido medidas de isolamento social decretadas por governados e prefeitos.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.756.395 mortos no mundo, resultantes de mais de 125,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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