O grupo, que desenvolveu a vacina com o laboratório alemão BioNTech, está em condições de “fornecer com duas semanas de antecedência todas as 300 milhões [de doses] acordadas para o final de julho”, disse Albert Bourla, através da rede social Twitter.
A Pfizer, referiu, “acelerou a produção” de sua vacina contra a Covid-19 e será capaz de fornecer mais 10% de doses do que o planeado até o final de maio.
O anúncio foi feito no dia em que as autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram “uma pausa” na administração da vacina anti-covid-19 de dose única Johnson & Johnson, para permitir investigar relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados ao seu uso.
O presidente norte-americano, Joe Biden, estabeleceu como meta que até “ao final de maio” o país disponha de doses suficientes para todos os adultos, e hoje a Casa Branca assegurou que a pausa da vacinação com Johnson & Johnson não terá “um impacto importante” na campanha em curso.
“As reservas de vacinas tornaram-se mais abundantes”, justificou Peter Marks, funcionário da Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), em entrevista coletiva.
Além de 300 milhões de doses da vacina Pfizer/ BioNTech para o final de julho, o governo norte-americano fez uma encomenda de 300 milhões de doses da vacina Moderna para o mesmo prazo, além de 100 milhões de doses da Johnson & Johnson.
O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e a entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas, nos dias a seguir a terem tomado a vacina Johnson & Johnson.
O Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC vai reunir-se esta quarta-feira para discutir os casos e a FDA também lançou uma investigação.
“Até à conclusão do processo, recomendamos que seja feita, por prevenção, uma pausa no uso desta vacina”, defendeu a diretora-adjunta do CDC, Anne Schuchat, e o diretor do centro do FDA para Avaliação e Pesquisa Biológica, Peter Marks, em comunicado conjunto divulgado.
Mais de 6,8 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson (J&J) foram já administradas nos Estados Unidos.
Também a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou na sexta-feira que estava a investigar ligações entre esta vacina e casos de coágulos sanguíneos.
LUSA/HN
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