Os números são comunicados no dia em que começa o processo legislativo na Alemanha para a aprovação da lei que estabelece o recolher obrigatório automático com base na incidência acumulada e numa altura em que os especialistas alertam sobre o aumento de doentes nas unidades de cuidados intensivos.
A incidência acumulada em sete dias, em todo o país, situou-se nos 160,1 casos por 100 mil habitantes.
Mesmo assim, na Alemanha registam-se grandes diferenças regionais como em Geiz com 474,2 casos e Nordfriesland com 31,9.
A Alemanha regista 79.628 mortos de Covid-19 desde o princípio da crise sanitária e um total de 3.099.273 contágios.
De acordo com dados atualizados do Ministério da Saúde, 17,8% da população (14,7 milhões de pessoas) receberam uma dose da vacina contra o SARS CoV-2 e 6,3% (5,3 milhões) foi inoculada com as duas doses.
O Bundestag tem previsto realizar hoje a primeira leitura da reforma da Lei de Proteção Face a Infeções que aprovada esta semana em Conselho de Ministros e que limita a capacidade de ação dos vários Estados da Federação na luta contra a pandemia, competentes até ao momento na aprovação das restrições.
A partir de 100 novos casos por cada 100 mil habitantes em sete dias deve entrar “automaticamente” em vigor nas regiões afetadas – sem intervenção dos governos regionais – uma série de “duras restrições”, segundo explicou a chanceler Angela Merkel.
“A nossa luta contra a pandemia deve ser mais eficaz e consequente”, disse Merkel que defende há vários meses a imposição de restrições mais frequentes.
A homogeneização pretende conferir “claridade”, acrescentou Merkel considerando que o método que é usado até ao momento, verificando-se divergências a nível regional, não “estancava” a propagação do Covid-19.
Uma das medidas mais controversas é o estabelecimento do recolher obrigatório entre as 21:00 e as 05:00 da manhã seguinte nas regiões que superem a incidência acumulada de 100 casos.
LUSA/HN
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