Moçambique alarga grupos a vacinar e inclui doentes com cancro

24 de Abril 2021

O Governo moçambicano alargou, a partir de hoje, os grupos a vacinar na segunda fase de imunização contra a Covid-19, que passam a incluir doentes com cancro e diabéticos com 18 anos, anunciou o Ministério da Saúde.

“O grupo-alvo dos doentes em terapia imunossupressora passa a incluir doentes com cancro, artrite reumatoide, doenças inflamatórias intestinais, lúpus eritematoso sistémico, entre outros”, disse Graça Matsinhe, diretora do Programa Alargado de Vacinação (PAV) no ministério.

Segundo as autoridades de saúde, nesta fase, todos os pacientes com diabetes que tenham pelo menos 18 anos podem tomar a vacina contra a Covid-19, deixando de haver limitação etária, num processo que passa a decorrer todos os dias independentemente do grupo.

“O Ministério da Saúde reconheceu a necessidade de alargar os grupos-alvo, assim como de não condicionar a administração da vacina a uma data específica de acordo com o grupo-alvo”, declarou Graça Matsinhe.

De acordo com dados avançados, na segunda fase de vacinação já foram imunizadas 30.000 pessoas até quinta-feira, do total de 216.771 a serem abrangidas.

Estudantes finalistas de medicina, diabéticos não abrangidos na primeira etapa, reclusos e funcionários prisionais, doentes com insuficiência renal, cardíaca e respiratória crónica são os grupos a serem vacinados nesta fase.

A nova fase de vacinação vai abranger ainda professores do ensino primário, pessoas residentes em centros de acomodação e membros da Polícia da República de Moçambique com mais de 50 anos.

O processo de vacinação vai contar com 2.643 técnicos de saúde, distribuídos por 313 brigadas.

A imunização será feita com o apoio do mecanismo Covax, através do qual Moçambique vai cobrir 20% da população, e o mecanismo complementar de aquisição direta que irá cobrir o restante, segundo o Ministério da Saúde.

O país tem um total acumulado de 806 mortos e 69.597 casos, dos quais 89% recuperados e 41 internados.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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