PCP acusa Governo de seguidismo face a Bruxelas e exige diversificação de vacinas

12 de Maio 2021

O secretário-geral do PCP exigiu esta quarta-feira a contratação de mais profissionais de saúde, sobretudo nos centros de vacinação, e acusou o Governo de "seguidismo" face à Comissão Europeia, insistindo na "diversificação da aquisição de vacinas".

Estas críticas foram feitas por Jerónimo de Sousa na abertura do primeiro debate bimestral com a presença do primeiro-ministro, na Assembleia da República, depois do fim do estado de emergência para combate à epidemia da Covid-19 em Portugal.

Jerónimo de Sousa considerou que a situação em Portugal “está longe de ser satisfatória” no que respeita ao processo de vacinação e defendeu que as soluções passam pela testagem massiva, rastreio de todos os novos casos de Covid-19, reforço dos profissionais de saúde e “outra urgência à vacinação”.

“Continua a haver muitos os entraves, como falta de enfermeiros nos centros de vacinação, falta de vacinas e condicionalismos para as vacinas adquiridas. O Governo tem de renovar os contratos com centenas de profissionais de saúde, deixando a política de seguidismo face à Comissão Europeia e autorizando todas as vacinas contra aCcovid-19” reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde, sustentou.

Na resposta, António Costa referiu que, no quadro dos compromissos ao nível do Orçamento do Estado para 2021, designadamente com o PCP, o Governo abriu concursos para a contratação de mais profissionais de saúde, sobretudo enfermeiros.

“Um despacho foi publicado hoje mesmo e, nesse quadro, está prevista a contratação de um número suficiente de enfermeiros que permite a integração nos quadros dos enfermeiros contratados a título temporário para a operação de vacinação. A condição de ser temporário é preferencial para a admissão”, salientou.

“O plano de vacinação tem sido executado de acordo com o planeado, não obstante vicissitudes, que são públicas, ao nível do fornecimento por parte da AstraZeneca e pela introdução de restrições em duas delas. Quanto às vacinas, não há qualquer restrição a nenhuma, desde que seja licenciada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA)”, disse o líder do executivo.

António Costa disse depois que, neste momento, toda a população com mais de 70 anos já teve a primeira dose da vacina e, ao longo desta semana, concluir-se-á toda a vacinação acima dos 65 anos.

“Temos estado a cumprir o calendário. Entre o meio do verão e o final do verão poderemos ter 70% da população devidamente vacinada”, acrescentou.

LUSA/HN

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