Rússia acredita que OMS e Agência Europeia do Medicamento vão aprovar vacina Sputnik-V

4 de Junho 2021

Responsáveis russos mostraram-se esta sexta-feira otimistas quanto ao reconhecimento da vacina Sputnik-V pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Europeia do Medicamento (EMA).

“Tudo aconteceu como previsto. Eles devem preparar um relatório, fazer recomendações sobre a forma de finalizar (algumas questões)”, disse hoje o ministro da Saúde russo, Mikhail Mourachko durante um fórum económico em São Petersburgo.

“Até ao momento, não recebemos qualquer questão crítica e penso que todo o trabalho vai desenrolar-se como previsto. Aguardamos os resultados”, acrescentou o ministro citado pelas agências russas de notícias.

Kirill Dmitriev, que dirige o fundo russo que colaborou no desenvolvimento da vacina Sputnik-V disse que espera “uma decisão positiva (da AEM) em breve”.

“Não recebemos qualquer crítica, nem sobre os ensaios clínicos, nem sobre a produção. O processo está em curso e esperamos que não venha a ser politizado”, disse ainda Dmitriev, sem especificar.

Sobre a OMS, o responsável pelo fundo financeiro diz que espera a validação “dentro dos próximos dois meses”.

A EMA iniciou a análise do composto russo contra a Covid-19, necessária para a eventual autorização da vacina na União Europeia.

O processo tem sido marcado por polémicas, tendo Moscovo criticado em várias ocasiões que a lentidão da Europa, sugerindo que o bloco europeu tem razões de ordem geopolítica para bloquear a validação da vacina russa.

Sem aguardar pela decisão da EMA, a Hungria é o único Estado da União Europeia que incluiu o composto russo no programa de vacinação nacional contra o SARS CoV-2.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.693.717 mortos no mundo, resultantes de mais de 171,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.029 pessoas dos 851.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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