Na conferência de imprensa, realizada após a reunião do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência avançou também que vai ser necessário fazer testes nas empresas com mais de 150 trabalhadores no mesmo posto de trabalho.
“Há uma alteração no que diz respeito à estratégia de testagem e são incluídas duas novas regras. A primeira diz respeito à necessidade de testagem de empresas com mais de 150 trabalhadores no mesmo posto de trabalho”, disse Mariana Vieira da Silva.
A ministra explicou que essas empresas, por determinação da autoridade de saúde passam, à semelhança do que acontece neste momento na agricultura e na construção civil, a fazer testes aos seus trabalhadores.
Mariana Vieira da Silva precisou que o custo dos testes será suportado pelas empresas e que esta exigência de testagem “depende da determinação da autoridade de saúde que determinará os territórios em que, dado o nível de incidência, evolução ou crescimento, faz sentido que este controlo seja feito”.
Outra das regras, segundo Mariana Vieira da Silva, passa pela “necessidade de realização de testes como forma de acesso a um conjunto de eventos”, nomeadamente desportivos, culturais e familiares, incluindo casamentos e batizados.
A ministra esclareceu que a obrigatoriedade dos testes nestes eventos passa a ser feita a partir de um número de convidados que será determinado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
“A partir do momento em que a DGS faça sair uma norma que vai dizer qual é o número de pessoas a partir do qual o teste é obrigatório para acesso a esses eventos, os testes vão ser obrigatórios para o acesso a essas atividades”, disse.
A ministra indicou que o participante em cada evento é que deve assegurar o seu teste e que a fiscalização será feita nos mesmos moldes que as atuais regras que têm sido aprovadas pelo Governo no âmbito do combate à pandemia.
“O que está previsto é que ninguém possa aceder a esses eventos ou esses equipamentos sem testes”, disse, frisando que o objetivo é evitar situações que têm ocorrido em festas ou casamentos, onde surgem surtos.
A ministra apelou para que estes testes sejam vistos como “uma forma de autoproteção”, sendo o objetivo “que exista uma testagem regular” quando um cidadão se desloca a um evento que tem uma aglomeração de pessoas.
Mariana Vieira da Silva admitiu que a utilização de testes tem sido reduzida, mesmo nos locais onde são gratuitos, sendo estas novas formas de testagem uma maneira de “superar esse problema”.
A ministra disse ainda que nas áreas onde se tem realizado uma testagem significativa, como a educação, lares de idosos e saúde, é possível “um maior controlo da pandemia”.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.750.028 mortos no mundo, resultantes de mais de 173,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.037 pessoas dos 854.522 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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