O chefe de Estado francês disse estar “pronto” para um relançamento das relações franco-britânicas, mas sublinhou que “este empenho exigia que os britânicos respeitassem a palavra dada aos europeus e no quadro definido pelos acordos do ‘Brexit’”, indica a página oficial da reunião do G7, Elysée, após um encontro à margem da cimeira entre os dois líderes.
O dossiê da Irlanda do Norte e os acordos comerciais especiais planeados para a província britânica após o ‘Brexit’ estão a prejudicar as relações entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) e a ensombrar a reunião do G7 prevista até domingo, no sudoeste da Inglaterra, onde os líderes das grandes potências e da UE pretendem dar uma imagem de frente única desejosa de dinamizar o multilateralismo e promover a recuperação pós-pandemia e lutar contra o aquecimento global.
Londres acusa Bruxelas de adotar uma “abordagem muito purista” quanto à aplicação de novas disposições aduaneiras específicas na Irlanda do Norte, contidas no “protocolo da Irlanda do Norte” negociado no âmbito do ‘Brexit’.
Ao manter a Irlanda do Norte na união aduaneira e no mercado único europeu, foi criada uma fonte de tensão na província britânica, provocando mesmo confrontos violentos no início de abril.
As discussões foram realizadas em Londres na quarta-feira, sem que houvesse progresso, a União Europeia a indicar que não hesitaria em tomar medidas retaliatórias se Londres se recusasse a implementar as disposições do protocolo.
Depois da reunião com Emmanuel Macron, Boris Johnson também se reuniu com os líderes do bloco europeu e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Sublinhando que o G7 não era forçosamente o lugar para se chegar a uma “solução imediata”, o porta-voz do líder conservador disse na sexta-feira que “todas as opções estão em cima da mesa” para preservar a integridade do Reino Unido.
LUSA/HN
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