Os números ficaram abaixo da média registada na semana passada, quando o Brasil atingiu um novo recorde diário de infeções pelo SARS-CoV-2 (115.228 casos na quarta-feira). Contudo, as autoridades de saúde do país justificam essa discrepância com a falta de recursos humanos para processar os dados ao fim de semana, acabando por serem consolidados às terças-feiras.
Neste momento, o Brasil é o segundo com mais óbitos em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, superado pelos norte-americanos e pela Índia, encontrando-se a atravessar uma terceira vaga da pandemia, segundo especialistas.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, a taxa de incidência da doença no país, com 212 milhões de habitantes, é hoje de 245 mortes e 8.779 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando 3.700.378 diagnósticos positivos de SARS-CoV-2 e 126.112 vítimas mortais.
O Distrito Federal (DF), que engloba a capital do Brasil, Brasília, começou esta segunda-feira a vacinar contra a Covid-19 a sua população sem-abrigo com o imunizante da Janssen, de dose única.
“Como a vacina Janssen é de dose única, esse público já sai daqui imunizado. Isso é muito importante, pois essas pessoas não costumam voltar para tomar a segunda dose da vacina. Isso ocorreu em outros Estados que aplicaram vacinas que necessitavam de duas doses”, disse à imprensa local a gerente de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais da Secretaria de Saúde do DF, Denise Ocampos.
“Alguns perdem o cartão, outros se recusam a vacinar novamente”, acrescentou Denise.
De acordo com o Governo do Distrito Federal, a estimativa é que existam cerca de 2.200 pessoas em situação de rua na região.
“Estamos a priorizar, neste primeiro momento, a população não abrigada, pois estão mais expostos à Covid-19 e a outros agravantes”, explicou a gerente, citada pelo portal de notícias G1.
A primeira pessoa sem-abrigo a ser vacinada no Distrito Federal foi Cleomar Ferreira dos Santos, de 53 anos, que considerou “uma vitória” ter sido imunizada, porque “tinha medo” de não conseguir receber o antídoto.
Até ao momento, cerca de 12% da população brasileira recebeu a imunização completa contra a Covid-19.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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