“Somos a região do país com a melhor taxa de vacinação”, declarou a deputada social-democrata Rubina Leal numa intervenção no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM).
A parlamentar do grupo parlamentar da maioria salientou que “a melhor forma de proteger a população é com a vacinação”, destacando que a região “tem mais de 209 mil vacinas administradas”.
Rubina Leal declarou que “a região tem demonstrado vencer a batalha de conter a pandemia” e a “campanha tem atingido valores reconhecidos” até pelo responsável da ‘task-force’, Henrique Gouveia e Melo, quando se deslocou na passada semana à Madeira.
“A Madeira tem superado e conseguido a conter este problema e salvaguardar a vida humana”, vincou.
Elogiando o esforço dos profissionais de saúde, a parlamentar referiu que foram já inoculados na Madeira os “mais vulneráveis, os idosos entre os 70 e 85 anos, a 100%”.
Também destacou que já foi anunciada a vacinação do jovens universitários madeirenses “quando vierem de férias à Madeira” e que o Porto Santo, “a instância de verão, está protegida e é uma ilha segura”.
Respondendo às criticas da deputado PS Elisa Seixas, que considerou que Rubina Leal “transmitiu uma ideia errada” porque a proteção só acontece com “85% da população vacinada”, a social-democrata respondeu que a Madeira tem “mais de 47% dos residentes com a inoculação da primeira dose e 34,9 com a segunda”.
Ainda realçou que houve a preocupação de vacinar também os trabalhadores da restauração, hotelaria e outros setores do turismo da Madeira.
Por seu turno, o líder parlamentar do CDS-PP na Madeira, António Lopes da Fonseca, argumentou que “o índice de vacinação na Madeira não é superior porque “o número de vacinas não tem chegado à região como prometido”, questionando a “capacidade do Governo da República para negociar” esta situação com a União Europeia.
A crítica de que “o continente está a discriminar a Madeira” e há “falta de solidariedade do país em relação à vacina” motivou a reação do deputado do PS Victor Freitas, o qual argumentou que “a matemática não engana”.
“Se a região tem um alto nível de vacinação é porque os lotes têm chegado” ao arquipélago, realçou, acusando o deputado centrista de “fazer baixa política com a pandemia”.
Por seu turno, o deputado único do PCP Ricardo Lume destacou que “a saúde não é só covid”, apontando que se registou “uma série de valências do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) que foram adiadas e canceladas, como consultas, cirurgias e outros atos médicos”.
Os últimos dados revelados na segunda-feira pela Direção Regional da Saúde indicam que a Madeira registou três novos casos de infeção por SARS-CoV-2 e mais sete recuperados, reportando 57 situações ativas.
Também mantém o número de óbitos associados à doença, somando 72 mortes desde 25 de março e não tem qualquer doente internado nos Cuidados Intensivos do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.086 pessoas e foram confirmados 875.449 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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