Sobre “a pertinência da testagem, quer seja na sua vertente de diagnóstico, quer seja através de testes serológicos, quem tem que dar respostas são as autoridades de Saúde”, afirmou aos jornalistas Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma cerimónia em Beja.
Nos últimos dias, “temos ouvido que existirá um teste-piloto” ou “um trabalho científico nos lares, para entender qual é o grau de imunização das pessoas que foram vacinadas”, aludiu o ministro, referindo ter ouvido também ontem referir que “não existe uma implicação formal” entre os testes serológicos e a necessidade ou não de uma nova toma da vacina.
“Eu ouvi aquilo que foi dito e quem tem que definir essas questões são as autoridades de Saúde” e os professores e a população em geral têm “de seguir” o que aquelas disserem, assinalou.
É às autoridades de Saúde que cabe “a priorização, os tempos e o modo também de fazer toda esta vacinação”, nomeadamente “aqueles que devem ser vacinados, quando devem ser vacinados, a quantidade de vezes que devem ser vacinados”.
“Obviamente que não vai ser o mundo da Educação que vai definir se aqueles que já tiveram a doença devem ter uma toma, duas tomas, três tomas” da vacina contra a Covid-19 ou “quando” e “como” esse processo decorre, argumentou.
Diretores de escolas e sindicatos de professores defenderam, nos últimos dias, que é preciso efetuar testes serológicos aos docentes e não docentes, para analisar o grau de imunidade dos vacinados contra a Covid-19.
Questionado sobre se os protocolos que têm vigorado nas escolas relacionados com a Covid-19 vão ser alterados, agora que a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou também a vacinação universal dos jovens entre os 12 e os 15 anos, Tiago Brandão Rodrigues disse que, para já, o referencial não mudou.
“Neste momento, o referencial que está em cima da mesa por parte da DGS é exatamente o mesmo que existiu neste último ano e que serviu às nossas escolas. Obviamente, temos de trabalhar e entender com a DGS qual é o referencial que nos serve em cada uma das situações”, disse.
O ministro da Educação disse acreditar que, “a partir do momento [em] que a imunização de docentes, não docentes e até das crianças e jovens vá aumentando, poderá haver condições para pensar se o referencial deve mudar ou não”.
Mas a DGS e as autoridades de Saúde é que devem “definir esse referencial para proteger as nossas crianças, os nossos jovens e para fazer com que as escolas sejam um lugar seguro”, defendeu.
O ministro participou, em Beja, na Cimeira do Futuro Associativismo e Juventude, promovida pela Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ), onde foi apresentada a Agenda para a Inovação das Políticas de Juventude.
LUSA/HN
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