Governo brasileiro diz que terceira dose deve começar por idosos e profissionais de saúde

19 de Agosto 2021

O ministro da Saúde brasileiro disse esta quarta-feira que a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 no país deverá começar por profissionais de saúde e idosos, salientando que a orientação ainda depende de estudos.

“Vamos começar por grupos prioritários. De novo, profissionais de saúde, os mais idosos”, disse Marcelo Queiroga à imprensa, acrescentando que a aplicação valerá para todos os imunizantes contra a Covid-19 disponíveis no país.

“Estamos a planear para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, frisou o ministro.

O Ministério da Saúde brasileiro já encomendou um estudo para avaliar a necessidade de dose de reforço para pessoas que receberam a Coronavac, imunizante da chinesa Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do Brasil) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca.

“Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a Covid-19, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é inconteste”, reforçou Queiroga.

O governante voltou a afirmar que a pasta deve decidir em setembro se reduz o intervalo entre as doses da Pfizer dos três meses atuais para 21 dias, conforme orientação da bula do imunizante.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 570.598 vítimas mortais e 20,4 milhões de casos confirmados de Covid-19.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Infarmed suspende a venda de 33 medicamentos genéricos em Portugal

Em comunicado enviado ao HealthNews.pt, o Infarmed anunciou a suspensão de 33 medicamentos genéricos no mercado português, após a identificação de não conformidades regulamentares significativas numa inspeção de Boas Práticas Clínicas (BPC) à empresa Synapse Labs Pvt. Ltd, na Índia.

Especialistas discutem morte súbita e doenças raras

Numa mesa-redonda envolvendo dois destacados especialistas, João de Sousa e Luís Brito Avô, a discussão sobre Morte Súbita (MS) e Doenças Raras (DRs) foi marcada por uma análise profunda e relevante para a prática clínica.

Debate sobre doenças hepáticas no 30.º CNMI

No decorrer do 30.º CNMI, Cristiana Batouxas assumiu um papel central na sessão “Caso Clínico com o Perito – Doenças Hepáticas”, proporcionando uma abordagem interativa e informativa sobre temas cruciais relacionados à hipertensão portal clinicamente significativa e à doença hepática crónica avançada (DHC).

O papel integrador do internista no tratamento do AVC

Numa sessão marcada pela reflexão sobre o papel do médico internista no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC), Helena Vilaça, palestrante destacada, enfatizou a importância de uma abordagem integradora e proativa no cuidado a esta condição neurológica.

A importância da vacina de dose elevada para populações vulneráveis

Durante o 30.º Congresso Nacional de Medicina Interna (CNMI), Bruno Almeida apresentou a palestra intitulada “Proteção para além da gripe: solução para as populações mais vulneráveis”. A sessão teve como principal objetivo discutir a eficácia e segurança da vacina de dose elevada para a influenza e a sua importância para populações vulneráveis, comparando-a com a vacina de dose standard.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights