As autoridades japonesas disseram que continuam a investigar as causas da presença de impurezas em 39 frascos da vacina Moderna, o que levou ao bloqueio preventivo de 1,63 milhões de doses, provenientes de Espanha, que deviam ser utilizadas ou já tinham sido administradas a alguns pacientes.
O ministro da Saúde do Japão, Norihisa Tamura, pediu à farmacêutica norte-americana Moderna e à distribuidora nipónica Takeda para “tomarem medidas para evitar que isto volte a acontecer e para encontrar a causa em breve”, e “evitar preocupar as pessoas que se vacinam”.
Fontes do mesmo Ministério disseram à agência de notícias espanhola EFE que o Japão pretende continuar a depender do fornecimento da Moderna de Espanha, principal fornecedor da vacina da farmacêutica norte-americana no país asiático, enquanto a investigação dos frascos contaminados decorrer.
O Japão decidiu bloquear 1,63 milhões de vacinas de três lotes produzidos em Espanha pela Rovi, a empresa farmacêutica responsável pelo fabrico de uma grande parte das vacinas Moderna no mercado internacional, que também está a investigar as causas dos problemas de qualidade.
A deteção das partículas anormais afeta um lote do produto “distribuído exclusivamente no Japão”, disse a Rovi, na véspera, numa declaração à Comissão Espanhola de Títulos e Câmbios (CNMV).
“A origem do incidente de fabrico pode estar numa das linhas de produção da Rovi, que está a trabalhar no sentido de fornecer toda a informação e colaboração que permitam o progresso da investigação”, acrescentou a empresa.
A maioria dos lotes bloqueados já tinha sido distribuída a centros de vacinação no Japão, empresas e outras organizações responsáveis pela inoculação, e algumas das vacinas já tinham sido utilizadas em doentes, segundo as autoridades japonesas, que não forneceram dados específicos sobre o número de pessoas que tinham recebido vacinas dos lotes bloqueados.
As autoridades japonesas mantêm os lotes em questão por agora, enquanto aguardam os resultados da investigação, para determinar se podem ser utilizados ou se representam um risco para a saúde.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.461.431 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,79 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.689 pessoas e foram contabilizados 1.028.421 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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