“A 27 de agosto, o conselho de administração do FMI completou a terceira revisão do programa Linha de Crédito Ampliada (ECF, na sigla em inglês) para São Tomé e Príncipe”, o que permite a disponibilização de quase 2,3 milhões de euros, e eleva o total já recebido para 12,9 milhões de dólares (10,9 milhões de euros), lê-se num comunicado divulgado hoje em Washington.
O ECF, aprovado em outubro de 2019 com um envelope financeiro de 18,1 milhões de dólares (15,3 milhões de euros), entretanto aumentado em mais 2 milhões de dólares (1,7 milhões de euros), dura até fevereiro de 2023 e pretende “ajudar a apoiar o programa de reformas económicas do Governo para restaurar a estabilidade macroeconómica, reduzir a vulnerabilidade da dívida, aliviar as pressões sobre a balança de pagamentos e criar as bases para um crescimento mais forte e mais inclusivo”, lembra o FMI.
Num comentário à execução do programa, o vice-diretor do FMI, Bo Li, afirmou: “As ações rápidas do Governo e o apoio internacional ajudaram o arquipélago a mitigar o impacto relacionado com a crise da pandemia, mas as incertezas continuam elevadas e a implementação rápida do programa e das reformas estruturais, juntamente com a vacinação adequada, são críticas para garantir um crescimento mais inclusivo, resiliente, sustentável e verde”.
Nas conclusões e recomendações, o responsável do FMI defende que “lidar com as necessidades económicas e sociais imediatas e implementar uma consolidação orçamental gradual são chave para apoiar a recuperação económica e preservar a sustentabilidade da dívida”.
Para além disso, acrescenta, o arquipélago deve aumentar a transparência sobre os derradeiros proprietários de ativos de São Tomé e Príncipe, bem como “completar os relatórios de auditoria sobre as despesas relacionadas com a covid-19”.
Entre as recomendações, o FMI aponta ainda a necessidade de reforçar a rede energética para evitar tantas quebras de eletricidade no arquipélago: “Acelerar as reformas no setor da energia contribuiria para fornecer eletricidade mais barata e mais confiável, apoiar o desenvolvimento do país e o crescimento potencial, reduzindo as pressões sobre a dívida pública e as reservas cambiais no exterior”.
LUSA/HN
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