A nova terapia, que associa a isoniazida e a rifapentina, dois antibióticos usados no tratamento da tuberculose, foi lançada em março pelo Governo moçambicano em parceria com o consórcio IMPAACT4TB, e constitui um projeto de quatro anos, que introduz uma nova abordagem, não só para lidar com a infeção latente, mas também para combater o abandono do tratamento e assim aumentar os níveis de eficácia.
Segundo o representante do IMPAACT4TB, Emilio Valverde, “até agora, 3.413 pacientes começaram o novo tratamento em 70 unidades de saúde e não foram registados efeitos secundários relevantes, exceto no caso de uma criança na cidade de Maputo que apresentou sintomas menores de gripe”, explicou o responsável num ‘workshop’ esta semana em Maputo.
A nova terapia é mais fácil porque consiste na toma de uma menor quantidade de comprimidos num curto período de tempo, fator que deverá reduzir o número de casos de abandono do tratamento, ainda segundo Valverde.
O representante do IMPAACT4TB acrescentou que a terapia, em implementação em Maputo e nos distritos de Chokwe e Mandlakazi, na província de Gaza, é prescrita a novos pacientes submetidos à terapia antirretroviral (HAART) e crianças com menos de 15 anos de idade que tenham estado em contacto com a tuberculose.
Moçambique é o primeiro país do mundo a adotar a dose fixa combinada dos dois antibióticos e a terapia será espalhada gradualmente a outras áreas em todo o país onde há pacientes com tuberculose.
LUSA/HN
0 Comments