“É a fraternidade que devemos promover. Uma integração cada vez mais necessária”, recomendou o pontífice, falando perante as autoridades políticas e civis da Eslováquia, um país de 5,4 milhões de habitantes onde Francisco permanecerá até quarta-feira.
“Isto é ainda mais urgente, depois de duros meses de pandemia, com muitas dificuldades, uma tão esperada recuperação económica, favorecida por planos de recuperação da União Europeia”, defendeu o Papa Francisco, que chegou domingo a Bratislava, após uma escala em Budapeste onde conversou à porta fechada com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
“É necessário que este país reafirme a sua mensagem de integração e de paz e que a Europa se distinga por uma solidariedade que, atravessando fronteiras, possa trazê-la de volta ao centro da história”, pediu o Papa.
Já em 2020, o Papa argentino publicara uma carta encíclica, “Frateli tutti” (“Todos os irmãos”), em que pedia um mundo mais unido, para apoio dos mais fragilizados, uma mensagem que reiterou hoje na visita a Bratislava.
O Papa Francisco iniciou este segundo dia de visita à Eslováquia reunindo com líderes da Igreja e do Estado, antes de um encontro com a comunidade judaica, para homenagear as vítimas do Holocausto.
Francisco, que foi recentemente submetido a uma intervenção cirúrgica, não perdeu o sentido de humor, quando fez o esforço para subir uma rampa da catedral de Bratislava, para um encontro com padres e freiras eslovacos.
“Eu ainda estou vivo”, ironizou o Papa, quando interrogado sobre como se sentia após a íngreme subida.
Durante a conversa com a Presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, Francisco referiu-se à pandemia de covid-19 como o mais duro teste da história recente, acrescentando que esta crise sanitária nos deve deixar lições para o futuro.
“Ela ensinou-nos com é fácil, mesmo quando estamos todos no mesmo barco, recuar e pensar em apenas nós mesmos. Em vez disso, devemos perceber que todos somos frágeis e todos necessitamos dos outros”, concluiu o Papa.
LUSA/HN
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