Em comunicado, o instituto do Porto afirma que o projeto, intitulado Inno4Vac, é uma parceria público-privada “inovadora” que visa promover a inovação em saúde para o desenvolvimento de vacinas.
Apoiado em mais de 33 milhões de euros pela Iniciativa de Medicamentos Inovadores (IMI2), o projeto visa o desenvolvimento de modelos biológicos e matemáticos para “avaliar o desempenho e acelerar o desenvolvimento de novas vacinas”.
A parceria, coordenada pela European Vaccine Initiative (Alemanha) com o apoio da Sclavo Vaccines Association (Itália), engloba 41 parceiros de 11 países europeus, incluindo 37 instituições académicas e pequenas e médias empresas.
Em Portugal, além do INESC TEC, integra este projeto, apoiado também pelo programa-quadro Horizonte 2020, a NOVA School of Science and Technology (FCT NOVA).
O projeto, que arranca este mês, vai abordar quatro áreas de forma integrada, tais como, a inteligência artificial, que será usada em termos de resposta da vacina ‘in silico’ [simulação computacional] e da previsão da sua eficácia e o desenvolvimento de uma plataforma computacional modular para a modelagem ‘in silico’ de biofabricação de vacinas e testes de estabilidade.
A introdução de novos e inovadores modelos de infeção humana controlada para permitir a avaliação da eficácia da vacina e o desenvolvimento de novos modelos 3D humanos ‘in vitro’ para a previsão da proteção imunológica em segurança são outras das áreas em investigação.
Citado no comunicado, Artur Rocha, investigador do INESC TEC salienta que esta é “a primeira vez que Portugal participa num projeto desta iniciativa”.
“Vamos ter a oportunidade de trabalhar com investigadores e académicos da área da biotecnologia e com a indústria, nomeadamente, grandes farmacêuticas produtoras de vacinas como a GSK, Sanofi Pasteur ou CureVac, na aplicação de novas tecnologias que podem desenvolver novas vacinas mais rapidamente e introduzi-las no mercado com um custo muito menor”, afirma.
Já Gabriela Gomes, investigadora da FCT NOVA, esclarece que esta instituição vai “apresentar modelos matemáticos para testes e avaliação de vacinas” e o INESC TEC “implementar uma plataforma de simulação para criar e testar vacinas”.
“Vamos transpor o conhecimento da imunogenética, desde a identificação dos antígenos e das proteínas que estes podem conter que podem inibir a atuação do vírus ou infeção numa plataforma”, acrescenta.
O projeto, cuja duração está prevista até fevereiro de 2027, tem como parceiros industriais a GSK, Sanofi Pasteur, CureVac e Takeda.
LUSA/HN
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