Rússia bate novo recorde de mortes pela doença

19 de Outubro 2021

A Rússia voltou a registar hoje um recorde de mortes pela covid-19, com 1.015 óbitos nas últimas 24 horas, segundo dados oficiais do centro russo de combate ao novo coronavírus.

O último recorde foi registado no sábado, com 1.002 mortes pela covid-19. No domingo foram registados 997 óbitos e na segunda-feira foram contabilizadas 998 mortes pela doença.

Em Moscovo, epicentro da pandemia na Rússia, 73 pessoas morreram nas últimas 24 horas, totalizando 30.305 óbitos na capital. Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, foram registados 68 óbitos.

O número total de mortes pela covid-19 é de 225.325 na Rússia, embora os dados oficiais sobre o excesso de mortes no mesmo período indiquem o triplo desse número.

A Duma Russa (Câmara Baixa) também informou hoje que 1.100 médicos morreram no primeiro semestre do ano na luta contra a covid-19.

Em 2020 foram registadas 485 mortes de médicos, de acordo com as despesas orçamentais destinadas a indemnizar as famílias dos médicos falecidos,

Além disso, foram registadas 33.749 novas infeções nas 85 regiões do país nas últimas 24 horas, sendo 2.492 casos de pessoas assintomáticas.

A maioria das novas infeções foi observada em Moscovo (5.700), São Petersburgo (3.220) e nos arredores de Moscovo (2.955).

No resto das regiões, as infeções ainda estão abaixo da marca de mil por dia.

Desde o início da pandemia, a Rússia identificou 8.060.752 casos do SARS-CoV-2, tornando-se o quinto país mais atingido no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.

No mesmo período, 7.040.481 pessoas recuperaram da doença.

As autoridades atribuem o aumento dos casos não só à maior agressividade da variante delta do novo coronavírus e à coincidência com a temporada de gripe, mas também ao baixo índice de vacinação e ao não cumprimento das medidas sanitárias pela população.

Até ao momento, 47,2 milhões de cidadãos receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 em todo o país, ou seja 32,3% da população, o que é insuficiente para alcançar a imunidade de grupo.

Algumas regiões, portanto, começaram a expandir as categorias de funcionários que devem ser vacinados.

Em Moscovo, as autoridades voltaram a multar as pessoas que não usam máscaras ou que utilizam máscaras colocadas de forma incorreta nos transportes públicos, de acordo com a agência de notícias RIA Novosti.

Desde o início de outubro, mais de 20.000 violações das medidas sanitárias foram identificadas no metro e no transporte público de superfície.

Em São Petersburgo, as autoridades recomendam que os empregadores transfiram os seus funcionários para trabalho remoto até ao início de novembro.

Os maiores de 60 anos que não têm vacinação completa também devem trabalhar em casa e a capacidade para eventos passa de 75 para 40 pessoas. Além disso, o código QR tornou-se necessário para visitar lojas, restaurantes, piscinas, teatros e exposições, entre outros estabelecimentos.

A covid-19 provocou pelo menos 4.895.733 mortes em todo o mundo, entre mais de 240,60 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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