França pode aplicar passe sanitário até fim de julho de 2022

5 de Novembro 2021

Os deputados e senadores franceses aprovaram a utilização do passe sanitário em França até ao fim de julho de 2022, numa altura em que 75% da população já está vacinada, mas os números da epidemia voltam a subir.

Apesar da oposição à direita e à esquerda, a Assembleia Nacional aprovou a lei de vigilância sanitária, apoiada também por voto positivo no Senado, que vai permitir ao Governo francês manter dispositivos que visam controlar a pandemia, como o passe sanitário para acesso a locais públicos, mas também um estado de emergência transitório.

Assim, o passe sanitário, que começou a ser utilizado em julho deste ano de forma provisória, pode ficar em vigor até julho do próximo ano, mediante a evolução da pandemia no país. Caberá ao Governo apresentar até fevereiro de 2022 um relatório sobre as medidas a tomar nos meses que se seguem.

Também o estado de emergência transitório permite aplicar novas restrições caso os números da pandemia aumentem.

Outras medidas nesta lei incluem uma multa de 750 euros para quem mostrar um passe sanitário que não lhe pertença.

Nas escolas passa a ser obrigatório apresentar o justificativo de vacinação das crianças a partir dos 12 anos, sendo que até agora era apenas necessária uma declaração de honra dos encarregados de educação em como o menor estava vacinado.

O regresso à escola no dia 08 de novembro, após duas semanas de férias, está a inquietar as autoridades sanitárias gaulesas, já que há um aumento do número de contaminações, com a França a registar quase 10 mil novos casos por dia.

Este aumento faz com que 60 departamentos estejam agora com o nível dois do protocolo sanitário para as escolas e 40 departamentos vão mesmo voltar a tornar obrigatória a utilização da máscara nas escolas primárias.

Mesmo com menos formas graves de Covid-19 no país, as autoridades temem uma dupla epidemia, pedindo às pessoas de risco para tomarem a terceira dose da vacina contra o coronavírus e também se vacinarem contra a gripe.

 A Covid-19 provocou pelo menos 5.020.845 mortes em todo o mundo, entre mais de 248,03 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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