Portugal apela em Bruxelas à aceleração de partilha de vacinas em África

19 de Novembro 2021

O Governo português apelou esta sexta-feira em Bruxelas a uma “aceleração de partilha de vacinas” contra a Covid-19, sobretudo no continente africano, sublinhando que está a fazer a sua “parte”, ao ter partilhado já cerca de dois milhões de vacinas.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, que representou Portugal num Conselho de Ministros do Desenvolvimento da União Europeia (UE), indicou no final da reunião que um dos temas em agenda foi “um ponto da situação sobre a partilha de vacinas”, por ocasião do qual apelou a uma partilha mais célere de imunizantes a nível global.

Francisco André apontou que “Portugal saudou os esforços da ‘equipa Europa’ [UE e Estados-membros] e apelou à aceleração de partilha de vacinas, especialmente em África, enquanto região com as menores taxas de vacinação neste momento”.

“Nós estamos a fazer a nossa parte, já partilhámos cerca de dois milhões de vacinas”, sobretudo nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste, “e este número vai aumentar, e aumentar bastante, durante as próximas semanas e durante os próximos meses”, completou.

Por seu lado, o alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, também reconheceu no final do Conselho que é necessário aumentar as contribuições para o mecanismo Covax para promover o acesso equitativo a vacinas contra a Covid-19 a preços acessíveis e assim garantir “uma imunização global”, destacando igualmente a necessidade de prestar apoio designadamente ao continente africano.

“Discutimos a questão do fosso de imunização crescente e chocante entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em África ainda estamos nos 6% [da população vacinada}, enquanto na Europa estamos acima dos 70%, para dar um exemplo das grandes diferenças”, apontou Borrell.

Recordando as “promessas” feitas pela Europa, o chefe da diplomacia disse que “é mais do que altura” de as cumprir e “acelerar os esforços” no quadro da Covax, “sobretudo em África”.

LUSA/HN

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