De acordo com uma pesquisa apresentada hoje na reunião anual do Comité da OMS para a Europa em Telavive, Israel, mais de 17 milhões de pessoas na região europeia teriam experimentado “uma condição pós-covid-19, também conhecida como covid prolongada”, sofrendo “uma duração dos sintomas de pelo menos três meses em 2020 e 2021”
Segundo dados de um estudo feito pelo centro da Escola de Medicina da Universidade de Washington para a OMS e apresentado hoje em Telavive, houve um aumento significativo de 307 por cento nos novos casos de covid de longo prazo identificados entre 2020 e 2021.
As mulheres, segundo o estudo, “têm mais possibilidades que os homens de ter covid longa”, enquanto “o risco aumenta drasticamente” quando se trata de pacientes graves com covid-19. Nestes casos, uma em cada três mulheres pode sofrer de covid persistente, o mesmo que um em cada cinco homens.
“Esses dados destacam a necessidade urgente de mais análise, mais investimento, mais apoio e mais solidariedade” com aqueles que sofrem de covid prolongada”, disse Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, no segundo dia da 72ª reunião do Comité Regional da OMS para a Europa, que começou segunda-feira e termina na quarta-feira.
A pesquisa apresentada hoje também alerta que cerca de 145 milhões de pessoas em todo o mundo sofreram qualquer um dos três sintomas de covid de longo prazo nos primeiros dois anos da pandemia. Isso inclui fadiga com dores no corpo, alterações de humor, problemas cognitivos e falta de ar.
A maioria das pessoas que passaram pela covid-19 recuperam completamente, mas entre 10 e 20% desenvolveram efeitos a médio e longo prazo.
A OMS anunciou hoje a criação de uma parceria oficial com a Long COVID Europe, uma rede de 19 entidades de pacientes de países da região europeia.
LUSA/HN
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