Os cientistas da Academia consideram ser urgente uma redução significativa dos contactos epidemiológicos, em particular nas regiões de alta incidência, por algumas semanas, mesmo entre pessoas que já tenham sido vacinadas, alegando que o “surgimento de novas variantes do vírus, como o Ómicron, que pode ser mais infeccioso, torna uma ação rápida e consistente ainda mais urgente”.
“A disseminação da variante Delta, altamente contagiosa, a taxa de vacinação claramente insuficiente, a imunidade decrescente, mesmo após o regime completo de vacinação, e as medidas de contenção, que não são suficientemente rigorosas para conter a pandemia, tornaram o próximo inverno um desafio social”, acrescentam os cientistas da Academia.
Assim, os especialistas propõem como opção mais eficaz a “redução de contactos” em espaços fechados e em situações de aglomeração de pessoas, seja em bares, discotecas ou eventos.
Quando não for possível evitar o contacto pessoal, recomendam a aplicação da obrigatoriedade do uso da máscara e das regras gerais de higiene, de forma consistente, com distanciamento social e ventilação.
Os cientistas da academia alemã pedem a obrigatoriedade imediata da vacina para médicos e profissionais de saúde, assim como uma reflexão sobre a introdução da vacina obrigatória para a população em geral.
Os especialistas pedem ainda uma campanha de reforço das doses de vacina a partir do quinto mês da última dose.
Para isso, dizem, todos os profissionais de saúde devem envolver-se nessa campanha de vacinação, reabrindo os postos de vacinação e ampliando a oferta em diversos locais, para conseguir atingir toda a população.
Para permitir que as escolas permaneçam abertas, os cientistas defendem a obrigatoriedade da máscara, sem exceções, para professores e alunos de todas as idades.
Os cientistas recomendam ainda a administração de vacinas a menores de cinco anos de idade.
A covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante (Ómicron) foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.
LUSA/HN
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