“Até à data, não foi detetado qualquer caso desta variante nas amostragens aleatórias semanais de âmbito nacional”, adianta o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 no país.
Segundo o instituto, a análise genética confirmou que estes 13 casos da variante Ómicron pertencem à mesma cadeia de transmissão do vírus.
Na segunda-feira, o INSA e a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciaram que os ensaios preliminares “sugerem, fortemente, que todos os 13 casos associados aos jogadores do Belenenses SAD estejam relacionados com a variante de preocupação Ómicron”.
Já hoje, fonte oficial da equipa da I Liga de futebol confirmou à Lusa que mais de 100 pessoas da estrutura do Belenenses SAD estão em isolamento.
Entre toda a estrutura do Belenenses SAD – jogadores, equipa técnica e ‘staff’ da equipa principal e de sub-23 – e os contactos diretos dos 13 casos positivos de infeção confirmados nos ‘azuis’, o número de pessoas em isolamento ultrapassa a centena.
Esta variante de preocupação, recentemente identificada na África austral e já detetada em vários países à escala global, caracteriza-se por um elevado número de mutações de interesse na proteína `spike´, incluindo algumas reconhecidas pelo seu envolvimento na ligação aos recetores das células humanas ou a anticorpos neutralizantes.
Na Europa, o número de casos confirmados da variante Ómicron do SARS-CoV-2 subiu hoje para 44 em vários países, anunciou o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), assinalando que todos têm historial de viagem.
Os países em causa são, além de Portugal, Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França (Reunião), Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Suécia, precisa o ECDC, que cita “informações de fontes públicas”, como autoridades de saúde.
O relatório do INSA adiantou ainda que entre 01 e 12 de novembro, período com amostragens fechadas e análises concluídas, registou-se uma frequência relativa da variante Delta a rondar os 100% em Portugal.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, têm sido analisadas uma média de 530 sequências semanais desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 129 concelhos por semana.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.206.370 mortes em todo o mundo, entre mais de 261,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.441 pessoas e foram contabilizados 1.147.249 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
0 Comments