Guiné-Bissau admite reforçar vigilância nas fronteiras por causa de variante

6 de Dezembro 2021

O secretário do Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau, Plácido Cardoso admitiu esta segunda-feira o reforço da vigilância nas fronteiras do país por causa da Ómicron, variante do novo coronavírus que provoca a doença da Covid-19.

“Temos Portugal com grande mobilidade dos nossos conterrâneos, no Senegal também já foi diagnosticado Ómicron e isso interpela-nos para o reforço da vigilância ao nível dos pontos de entrada e a realização de testes rápidos”, disse Cardoso à Lusa.

Questionado sobre se o Alto Comissariado, organismo que tutela o combate à doença na Guiné-Bissau, pensa recomendar a realização de quarentena a quem entra no país, o médico guineense disse que ainda não.

“Estamos a trabalhar para a realização de testes de reforço à chegada do aeroporto internacional, e dos pontos de entrada terrestres com maior mobilidade. É momento de reforçarmos e fazermos mais testes que permitam um maior controlo”, salientou.

Sobre a forma como está a decorrer a vacinação, Plácido Cardoso disse que 35% da população-alvo já tem a imunização completa.

“Hoje damos início a uma nova ronda de campanha de vacinação contra a Covid-19 e o nosso apelo é que as pessoas se vacinem”, afirmou, acrescentando que as restrições impostas pelo último decreto do Governo de apenas terem acesso a determinados transportes públicos e estabelecimentos de ensino as pessoas vacinadas devem entrar brevemente em vigor.

A Guiné-Bissau pretende vacinar 638.147 pessoas com 18 anos ou mais em todo o território nacional para que seja atingido o objetivo de 70% da população vacinada.

Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau registou um total acumulado de 6.444 casos de Covid-19 e 149 vítimas mortais.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.253.726 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,13 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

LUSA/HN

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