“Se a Ómicron continuar a espalhar-se como parece, seria cientificamente aconselhável aplicar uma terceira dose após três meses”, disse Ugür Sahin, em declarações ao semanário alemão “Der Spiegel”.
O fundador e chefe da BioNTech, farmacêutica alemã associada à norte-americana Pfizer, sustenta que as duas doses da vacina não conferem imunidade suficiente contra a nova variante Ómicron, sendo necessário uma dose de reforço.
“Pelos dados provisórios que temos, as três doses neutralizam o vírus”, disse, acrescentando que deve ser tida em consideração a possibilidade de uma quarta dose.
Na quarta-feira, a farmacêutica Pfizer e a empresa biotecnológica BioNTech asseguraram que a sua vacina contra a Covid-19 é eficaz para a nova variante, mas com três doses (as convencionais duas doses poderão não ser suficientes).
Apesar de garantirem que a sua atual fórmula funciona contra a infeção da Ómicron, ainda que com o reforço de uma terceira dose, as duas parceiras anunciaram que vão continuar a desenvolver uma vacina específica, com a expectativa de disponibilizá-la até março caso seja necessário.
A variante Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde, foi detetada na África Austral e desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
LUSA/HN
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