O período de escolha das vagas de formação específica (Internato Médico) terminou no passado dia 9 de dezembro e, dos 2.462 candidatos, 591 “preferiram rescindir e não efectivar a sua escolha. Isto é, praticamente 24% preferiram ficar fora do SNS e da Carreira Médica”, diz, em comunicado, o sindicato.
“Certo que desses candidatos alguns já são especialistas e esta foi uma tentativa mal sucedida de mudança de área, mas muitos irão ou tentar novo exame para o ano para melhoria de nota de acesso ou procurar frequência de internato no estrangeiro. E aceitarão ofertas do sector privado ou Serviço de Urgência público bastante mais atractivas que a integração no SNS”, continua o SIM.
Ficaram ainda por ocupar 31 vagas de Medicina Interna, das quais 10 pertencem ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Hospital Pulido Valente), e 14 de Medicina Geral e Familiar – nove delas na ARSLVT.
Por outro lado, “a demissão de responsáveis médicos sucedem-se, as aposentações e a fuga para as entidades privadas multiplicam-se, a recusa em serem ultrapassados os limites de trabalho extraordinário avoluma-se, urgências ficam encerradas por falta de médicos para preencherem as escalas (já de si quantas vezes abaixo dos mínimos recomendáveis)”, lê-se no comunicado que termina com mais críticas: “Exaustos, desconsiderados pelo Poder, mal pagos e com condições de trabalho insuportáveis, não há resiliência que perdure”.
PR/HN/Rita Antunes
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