Hospital de Évora assistiu no domicílio 177 doentes num ano, “mais 97%” do previsto

14 de Dezembro 2021

A Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente (UHDP) do hospital de Évora, criada há precisamente um ano, prestou assistência a 177 doentes neste período, “mais 97%” do que o previsto, revelou esta terça-feira a unidade hospitalar.

Num período em que “algumas unidades do país suspendiam a sua atividade, devido à pandemia”, esta UHDP “iniciou a sua atividade e, entre dezembro de 2020 e março de 2021, chegou mesmo a prestar apoio a vários doentes com Covid-19”, destacou o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), em comunicado.

“Os resultados surpreenderam-nos muito pela positiva, dado que superaram as expectativas, quer ao nível quantitativo, quer ao nível qualitativo”, destacou Ireneia Lino, responsável da UHDP, citada no comunicado.

Segundo a responsável, ao longo deste ano de existência, a Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente prestou assistência “a mais 97% [de doentes] do que o esperado, e o ‘feedback’ é muito positivo” e o trabalho da equipa “muito elogiado”.

Esta unidade, que está a promover um projeto pioneiro no país, o CRI@HOME, o único Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) na área de Hospitalização Domiciliária, tem como modelo a assistência hospitalar praticada no domicílio do doente por profissionais de saúde do hospital.

Este modelo “apresenta grandes vantagens” para o próprio doente e para os seus familiares, permitindo “um tratamento hospitalar com maior conforto e bem-estar” para o utente no seu domicílio, segundo o HESE.

“Este tipo de assistência promove a autonomia dos doentes e um maior envolvimento dos familiares, e pode permitir também um menor tempo de internamento e a diminuição das infeções em ambiente hospitalar”, acrescentou.

Quando surgiu, há um ano, a equipa da UHDP, composta por médicos, enfermeiros, assistente social, farmacêutico, nutricionista e assistente técnica, previa dar resposta a 90 doentes em domicílio por ano.

Mas, afinal, o balanço da unidade, que iniciou a sua atividade com capacidade para seis camas no domicílio, é de “177 doentes assistidos em hospitalização domiciliária durante este período”, disse o HESE.

“É uma nova forma de prestar cuidados que entendemos como uma intervenção de vanguarda, com o foco total no doente e no seu bem-estar e em que se atribui especial relevância à família de suporte, ao cuidador informal”, afirmou Ireneia Lino.

A unidade presta assistência hospitalar domiciliária a doentes com residência na cidade em Évora e nos arredores.

Os doentes que ficam em hospitalização domiciliária podem ser referenciados pelo Serviço de Urgência, serviços de internamento ou pelo Hospital de Dia.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Greve dos enfermeiros com adesão global de 76,8%

A greve de sexta-feira dos enfermeiros registou uma adesão global de 76,8%, um valor que demonstra o “descontentamento que existe de norte a sul do país” nesses profissionais de saúde, anunciou o sindicato que convocou a paralisação.

Fundação Champalimaud: Como os cérebros transformam sons em ações

Um novo estudo do Laboratório Renart, publicado na Current Biology, apresenta resultados que permitem a nossa compreensão sobre como as informações sensoriais e as escolhas comportamentais estão entrelaçadas dentro do córtex — a camada externa do cérebro que molda a nossa percepção consciente do mundo.

Xavier Barreto: “Não podemos andar de seis em seis meses a mudar tudo”

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) defendeu que uma das principais, e mais polémicas, reformas do Serviço Nacional de Saúde deve ser mantida pelo novo Governo. No âmbito da 13ª Conferência Valor APAH, Xavier Barreto afirmou: “A reforma das ULS deve ser mantida”.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights