“O Governo Regional voltou a determinar o encerramento de estabelecimentos de ensino, creches e ATL no dia anterior à entrada em vigor da medida, gerando enormes dificuldades às famílias que, de um momento para o outro, tiveram de encontrar soluções para os seus filhos”, lê-se num comunicado de imprensa enviado hoje às redações.
O Governo açoriano anunciou na quarta-feira que o regresso às aulas nos Açores, depois da interrupção de Natal, vai ser adiado para 10 de janeiro, à semelhança do que está previsto no continente português.
“As escolas, creches, jardins de infância, ATL [ateliês de tempos livres], centros de desenvolvimento de inclusão juvenil e centros de atividades ocupacionais, da rede pública e privada, passam a ter o reinício do seu ano letivo em 10 de janeiro”, adiantou o secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na Terceira.
Assim, a partir desta quinta-feira, indicou, encerram já “creches, jardins de infância, ATL, centros de desenvolvimento de inclusão juvenil e centros de atividades ocupacionais”.
Para o BE/Açores, esta “atitude revela uma falta de respeito pelas famílias”, considerando que “teria sido perfeitamente possível estas medidas terem sido decididas e comunicadas com maior antecedência” se o Governo Regional “acompanhasse devidamente o evoluir da pandemia a nível nacional e nos Açores”.
No entender do BE/Açores, é “incompreensível que, mais uma vez, sejam aplicadas medidas com forte impacto nas famílias e na sua atividade profissional sem que se esclarecerem que apoios existirão para os pais obrigados a faltar ao trabalho para acompanharem os filhos, devido ao encerramento de creche, escolas e ATL”, alegando que foram medidas “mais uma vez decididas e anunciadas pelo Governo Regional sem ouvir ou sequer informar os partidos políticos representados na Assembleia Legislativa, como se comprometeu em fazer em maio”.
O BE diz ainda ser “preocupante que os Açores sejam a única região do país que ainda não iniciou a vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos”.
O Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM emitiu hoje um esclarecimento onde sublinha que, “conforme já reiterado anteriormente, a região criou um conjunto de apoios excecionais de apoio às famílias, trabalhadores e instituições sociais que serão acionados sempre que se justificar”.
“Estes apoios são a garantia de uma proteção social firma e convicta, que a região, desde a primeira hora, providenciou aos açorianos”, lê-se ainda na nota da vice-presidência.
A vice-presidência do Governo Regional refere que a Segurança Social nacional disponibiliza nova declaração para requerer o apoio excecional à família para os períodos de suspensão de atividades de 27 a 31 de dezembro de 2021 e de 02 a 09 de janeiro de 2022.
E como o encerramento dos estabelecimentos de ensino e equipamentos sociais ocorre mais cedo na Região Autónoma dos Açores, nos dias 23 e 24 de dezembro de 2021, já está também disponível o formulário a requerer a atribuição de apoio económico em: COVID – 19 Apoio as famílias – Resolução Conselho de Governo Nº 75/2021, refere ainda a nota.
LUSA/HN
0 Comments