“Estamos diante de um cenário pandémico de certa incerteza, em virtude da estirpe Ómicron, mas esperamos que não haja explosão de internações nem aumento proporcional de óbitos, pois nossa população está fortemente vacinada”, disse Queiroga para jornalistas.
Se essas previsões se concretizarem, o Brasil ultrapassará em muito o número máximo diário de infetados pelo coronavírus que registou em 23 de junho de 2021, com 115.228 casos positivos.
Em 18 de setembro, o país sul-americano notificou 150.106 casos de Covid-19 de uma vez, mas esse número foi na verdade uma correção para cima que incluiu milhares de diagnósticos de 2020 e 2021 que não haviam sido contados até então.
O índice de infeções voltou a acelerar nas últimas semanas no Brasil, face à rápida expansão da variante Ómicron, detetada pela primeira vez no país sul-americano em 30 de novembro e já responsável pela maioria dos diagnósticos positivos.
A nova linhagem do vírus SARS-CoV-2, mais transmissível, quadruplicou os casos de Covid-19 em apenas uma semana e causou uma onda de perdas médicas, cancelamentos de voos e longas filas em busca de exames nas grandes cidades do país.
Neste contexto, Queiroga anunciou que o Governo irá distribuir “40 milhões de testes rápidos de antigénios, dos quais 14 milhões serão distribuídos nos próximos 15 dias”.
“É necessário que mais uma vez tenhamos o esforço dos municípios para fazer exames na atenção básica e enviar esses resultados ao Ministério da Saúde para que tenhamos uma visão da evolução da pandemia”, afirmou o ministro da Saúde.
O Brasil é um dos países do mundo mais afetados pela pandemia junto com os Estados Unidos e a Índia, com cerca de 620 mil mortes e mais de 22,5 milhões de casos de Covid-19.
Em relação aos dados de vacinação, 67% dos 213 milhões de pessoas têm o esquema vacinal completo e 75% dos brasileiros já receberam a primeira dose de vacinas contra a Covid-19.
A Covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.
LUSA/HN
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