Cabo Verde regista mais uma morte e 709 novos positivos

10 de Janeiro 2022

Cabo Verde registou 709 infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e mais uma pessoa morreu na cidade da Praia por complicações associadas à covid-19, informou hoje o Ministério da Saúde.

De um total de 1.746 resultados recebidos dos laboratórios do país, aquele ministério cabo-verdiano informou que há mais 709 casos novos positivos, representando uma taxa de positividade de 40,6%.

Os novos casos foram registados em Santiago, sendo 183 na cidade da Praia, e 46 nos restantes municípios, 37 no Fogo, oito na Brava, 59 em Santo Antão, 268 em São Vicente, o Sal somou mais 63, São Nicolau com 26, Boa Vista regista mais 14 e o Maio com cinco.

Nas últimas 24 horas, mais uma pessoa morreu por complicações associadas à covid-19, na cidade da Praia, aumentando para um total de 362 óbitos provocados pela doença desde o início da pandemia.

Em sentido contrário, mais 1.374 receberam alta, elevando para 45.002 os casos considerados recuperados da infeção respiratória.

Com os novos dados, o país passou a contabilizar um total de 50.959 casos positivos acumulados desde o início da pandemia e soma 5.566 casos ativos, 20 óbitos por outras causas e 9 transferidos.

Na habitual conferência de imprensa semanal para fazer o ponto de situação da pandemia no país, o diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, avançou que foram notificados 29 casos suspeitos e há 61 pessoas internadas nos hospitais.

Na análise dos últimos 14 dias, o porta-voz do Ministério da Saúde disse que a taxa de positividade a nível nacional aumentou de 6% para 32,5%, a taxa de transmissibilidade foi de 1,36% e a taxa de incidência acumulada foi de 1.990 casos por 100 cada mil habitantes.

“Houve um agravamento da situação epidemiológica nestes últimos 14 dias”, confirmou Barreto, justificando com a circulação da variante Ómicron.

Mas apesar do aumento de casos internados, a mesma fonte sublinhou que não foi constatado que a circulação dessa variante tenha trazido muitos mais casos graves.

Jorge Barreto fez a comparação com a situação de há um ano, em que o país tinha uma taxa de internamento entre os casos ativos de 7%, que se fosse aplicada nos casos ativos atuais seriam mais de 500 pessoas internadas.

“Por aí também parece ser indícios de que a variante Ómicron pode ser menos virulenta, apesar de ser mais transmissível”, salientou o diretor nacional de Saúde, voltando a apelar para o cumprimento das medidas de prevenção em vigor.

Em termos de vacinação, o profissional de saúde disse que 84,3% dos adultos já tomaram a primeira dose, 71,4% já estão com as duas doses, enquanto há 15.951 que já tomaram as doses de reforço.

Quanto aos menores dos 12 aos 17 anos, Jorge Barreto revelou que já foram vacinados um total de 31.130 pessoas nessa faixa etária com a primeira dose, representando 52,6% do total de 60 mil a nível nacional.

A covid-19 provocou 5.486.519 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

LUSA/HN

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Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

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